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Recorde no Tampinha Legal, plástico se decompõe com água do mar e bicicleta de plástico

Plástico pelo mundo: Fique por dentro das principais notícias e curiosidades do plástico pelo mundo. O Tampinha Legal comemora oito anos com a coleta de mais de 900 milhões de tampas plásticas. Pesquisadores do RIKEN CEMS, no Japão, desenvolveram um plástico biodegradável que se decompõe na água do mar e Igus® utiliza plásticos reciclados para fabricar bicicletas feitas inteiramente de material plástico

Tampinha Legal bate recorde no recolhimento de tampinhas de plástico

O Tampinha Legal celebra uma conquista marcante em seus oito anos de história: a coleta de mais de 900 milhões de tampas plásticas, um volume que supera 1.600 toneladas. 

Com este resultado o projeto ajudou entidades assistenciais do terceiro setor envolvidas no programa. A ajuda foi possível porque o material, totalmente reciclável, rendeu mais de R$54 milhões. 

Tendo como base os três pilares da sustentabilidade: econômico, social e ambiental; o Tampinha Legal se consagrou como o maior programa socioambiental de caráter educativo em economia circular da indústria de transformação do plástico das Américas.

Desse modo, além de contribuir para qualidade de vida das entidades assistenciais com os recursos financeiros, o Tampinha Legal une o social e ambiental ao promover ensinamentos acerca dos materiais plásticos.  

Assim, Simara Souza, do Tampinha Legal, também ressaltou o caráter sustentável do programa: “Mais de 900 milhões de unidades de tampas plásticas transformaram-se em novos artefatos, economizando água, energia, matéria prima e ainda evitando a emissão de gases de efeito estufa.”

Ainda, ela destaca que com isso novos hábitos surgem, desde fechar a torneira e apagar as luzes até a destinação correta dos resíduos sólidos. Nesse sentido, Souza continua: “Os plásticos são 100% recicláveis! Cada pedacinho de plástico, assim como a tampinha, vale muito! Este hábito contribui positivamente para a economia, sociedade e meio ambiente”. 

Cientistas desenvolvem tipo de plástico que se decompõe na água do mar

Investigadores do RIKEN CEMS (Center for Emergent Matter Science), no Japão, desenvolveram um plástico biodegradável capaz de se decompor na água do mar, com potencial para combater os microplásticos nos oceanos.

O projeto nasceu com o intuito de trazer ao mercado soluções biodegradáveis. Nesse sentido, Takuzo Aida, citado no texto da RIKEN, explica: “Com este novo material, criámos uma nova família de plásticos que são fortes, estáveis, recicláveis, que podem servir múltiplas funções e, mais importante, não geram microplásticos”.

Assim, para desenvolver este material, a equipe de cientistas usa plástico supra-moleculares, ou seja, polímeros com estruturas que se mantêm juntas por interações reversíveis. Dessa forma, este o material consegue se degradar ou seguir para reciclagem. 

Além disso, este material combina dois monômeros iônicos, que formam “pontes salinas”, em forma de rede. Com isso, eles ganham resistência e estabilidade.

Os cientistas também acrescentam: “Nos testes iniciais, um dos monômeros era um aditivo alimentar comum, o hexametafosfato de sódio, e o outro era qualquer um dos vários monômeros baseados em iões de guanidônio”. 

Ainda, explicam: “podem ser metabolizados por bactérias, garantindo a biodegradabilidade assim que o plástico é dissolvido e os seus componentes se separam”.

Em relação aos testes, os cientistas testaram o novo plástico em água salgada, onde recuperaram 91% do hexametafosfato e 82% do guanidínio, evidenciando sua reciclabilidade. Enquanto no solo, as placas do material se degradaram totalmente em dez dias, atuando como fertilizante ao fornecer fósforo e nitrogênio.

Bicicleta feita de plástico recolhido

Bicicleta de plástico reciclado

Desde 2022, a igus® utiliza plásticos reciclados dos oceanos para produzir bicicletas e componentes. Segundo a EPA sigla em inglês para Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos uma pessoa que pedala 10 quilômetros ida e volta do trabalho, todos os dias. Com isso, ela evita a emissão de aproximadamente 1,3 toneladas de CO₂ anualmente.

A igus® constrói suas bicicletas aproveitando mais de 50% de plástico reciclado de resíduos oceânicos. Entre os materiais estão: redes de pesca, que representam metade do material das rodas e do quadro. Assim, a empresa alemã opera em duas frentes no mercado: desenvolvendo bicicletas inteiramente de plástico reciclado e fornecendo peças avulsas para fabricantes de bicicletas.

As bicicletas da igus® são pioneiras no mundo por serem feitas de material plástico. Neste ano, a empresa produziu o primeiro lote de 100 unidades, utilizando máquinas projetadas com componentes duráveis e livres de lubrificação.

Dessa forma, para o desenvolvimento da bicicleta, as equipes moldam o plástico por rotomoldagem, um método que combina calor, baixa pressão e rotação biaxial. Para fabricar a bicicleta, elas utilizam polietileno (PE) e incorporam resíduos plásticos reciclados, como redes de pesca descartadas, na estrutura.

Em relação a esta inovação, Marcelo Pimenta igus®, destaca: “É assim que a mobilidade de amanhã será criada a partir do plástico marinho de ontem”.

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