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Reciclado que vira pix, embalagem e flutua casas

Plástico Pelo Mundo: Fique por dentro das principais notícias e curiosidades do plástico pelo mundo. O projeto Estação Preço de Fábrica está pagando a quem destinar reciclados em seus pontos de coleta. O grupo Heineken criou embalagens com 30% de plástico reciclado. O MAST está desenvolvendo estruturas com plástico reciclado capaz de flutuar casa sob águas

Reciclagem convertida em pix

grupo boticário

Em Embu das Artes, em São Paulo, uma nova unidade do projeto Estação Preço de Fábrica tem como meta lidar com reciclados de uma forma inédita. 

Isso porque, os contêineres do projeto vão receber vidro, papelão, plástico, papel branco e papel, pagando pelo material o equivalente ao que é pago em usinas de reciclagem.

A princípio, o objetivo é gerar benefícios para o meio ambiente e para as pessoas que levam seus recicláveis para a estação.

Que podem aumentar sua renda com o que muitas vezes era simplesmente jogado fora.

O projeto se desenvolve pela startup Green Mining, pela fabricante de papel cartão Ibema e em parceria com o Grupo Boticário.

O contêiner funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h e, aos sábados, das 8h às 12h. 

Sobretudo, para receber pelos resíduos coletados, é necessário baixar o aplicativo gratuito da Green Mining, disponível nas plataformas da App Store e Google Play.

Em seguida, preencher um breve cadastro e indicar o material que está sendo entregue em um dos pontos de coleta, onde tudo será pesado e classificado.

A partir daí, um recibo é gerado e, quando completar R$10, o valor será depositado semanalmente, às sextas-feiras, na conta da pessoa por meio de PIX. 

A expectativa é que, em breve, outras formas de pagamento estejam disponíveis.

Embalagem com 30% de plástico reciclado

O Grupo HEINEKEN criou embalagem com 30% de plástico reciclado. Essa é mais uma iniciativa da companhia para estimular a circularidade do plástico, além de contribuir com a atuação de cooperativas. 

A princípio, a companhia começou a utilizar 30% de PCR nas embalagens de filme Shrink da marca Devassa em 2022.

Desde então, pretende estender para toda a categoria mainstream a partir de 2023, prevendo um potencial de reutilização de 765 toneladas de plástico em 2023.

Dessa forma, a marca Devassa é a primeira a utilizar o material mais sustentável. Chegará a todos os pontos de venda do Brasil onde a marca está presente, especialmente no Nordeste. 

Atualmente, para todo o volume de latas produzidas, cerca de 50% do volume das embalagens secundárias da companhia são do filme Shrink.

No entanto, em relação ao peso dessas embalagens, o material representa apenas cerca de 2% do total de materiais descartáveis da companhia.

Soluções sustentáveis

Ornella Vilardo, Diretora de Sustentabilidade do Grupo HEINEKEN, conta que busca por soluções mais sustentáveis. “Quando falamos de embalagens, exige que a gente tenha também um cuidado social importante, além de levar em consideração as necessidades dos nossos consumidores e os desafios logísticos”.

Ela destaca: “Ao olharmos para o nosso portfólio, entendemos que o Shrink é um material muito relevante do ponto de vista de usabilidade para consumidores. O que facilita a logística de transporte, por ser mais leve, resistente e impermeável”.

Ainda assim, segundo ela, foi identificado que havia a oportunidade de reduzir os impactos desse item ao adotar um modelo mais sustentável.

Isto é, que além de reduzir a quantidade de plástico em lixões e aterros, também contribui para o trabalho das cooperativas de materiais recicláveis.

A resina utilizada na produção do filme Shrink mais sustentável é feita de polietileno de alta densidade pós-consumo reciclado (PCR). 

O material é recolhido por cooperativas e, então, utilizado para produzir a resina inovadora REVOLOOPTM. Esta se produz no Brasil pela Dow em parceria com a Boomera LAR. 

A princípio, a iniciativa faz parte da movimentação da companhia para promover a circularidade de materiais e reduzir o uso do plástico e que já reduziu em 80% o volume de PET no portfólio.

O que significa 25% menos plástico no total e circulação de 100% das embalagens plásticas nos pontos de venda ON e OFF Trade. 

Casa flutua com plástico

O novo projeto do MAST, um escritório dinamarquês de arquitetura marítima, pretende inaugurar uma estrutura de casas sustentáveis, a partir de plástico reciclado, que ficam sobre as águas.

Com as previsões cada vez mais graves sobre a elevação do nível do mar e o risco de inundações urbanas no mundo, esse passou a ser um interesse de muitos que trabalham na área de construção. 

No entanto, até agora, as soluções incluem fundações de concreto preenchidas com poliestireno e portões de plástico.

Por isso, a MAST está projetando um modelo mais simples. O novo sistema usa módulos de embalagens planas feitas de plástico reforçado reciclado.

Isto é, que podem viajar o mundo para se moldar nas mais diversas configurações, proporcionando uma base flutuante segura. 

Segundo o escritório, é possível construir quase tudo na água. Sendo de casas flutuantes em Seattle a acampamentos no fiorde de Oslo e saunas na orla de Hobart.

Para a montagem, a MAST recorre a gaiolas de gabiões da construção tradicional, que ajudam a estrutura a flutuar. 

Os gabiões são ferramentas antigas e de baixo custo que usam fios de malha para unir entulho e terra, mas, neste caso, a tecnologia é reaproveitada.

Dessa forma, as gaiolas se preenchem com materiais de origem local reciclados, como garrafas plásticas antigas e boias, que mantêm a estrutura estável na superfície da água.

Vantagens

A vantagem e principal ideia por trás disso é não prejudicar o ecossistema natural da área. 

Em vez de introduzir concreto e aço na água, cria-se um ambiente onde humanos e vida marinha possam coexistir.

Participaram do projeto, além do MAST, Hubert Rhomberg e o estúdio Fragile, que pensaram em demonstrar uma solução adaptável e resiliente ao clima, mas que também respeitasse o meio ambiente.

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