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Projeto destaca a importância da ajuda e da cooperação entre o mercado

Projeto “Empresas do Bem” traz a criação de mais de 150 mil máscaras de proteção facial, que serão distribuídas a profissionais da saúde de diversas partes do estado de São Paulo

 

Com todas as implicações que o novo coronavírus trouxe para o mercado em geral, diversas empresas, associações, e pessoas, estão se juntando para ajudar neste momento. Foi da união entre empresas da cadeia produtiva do plástico que surgiu o projeto “Empresas do Bem”, que tem por objetivo a criação de máscaras de proteção facial utilizadas por profissionais da saúde no tratamento de pacientes infectados, e que está em falta no mercado por conta da alta demanda.

Quando nosso CEO, Rodrigo Oliveira, ficou sabendo do projeto pelo Linkedin, não teve dúvidas em embarcar – e dar sua contribuição – em um momento tão delicado que vivemos. “Para nós, prestar esse serviço à sociedade é o que faz sentido. Vivemos intensamente as dores e conquistas do mercado plástico, nada mais juntos que contribuir para esse, e outros projetos nesse momento”, contou Rodrigo.

Ao longo das próximas semanas, você vai acompanhar quem são as empresas que estão fazendo o projeto acontecer, e como isso tem impacto direto na vida dos profissionais de saúde, que estão na linha de frente dessa batalha.

Onde tudo começou

Wagner Catrasta, gerente comercial da Termocolor, recentemente recebeu uma proposta para ajudar em um projeto para criação dessas máscaras, e a meta, já ambiciosa de criar 75 mil equipamentos para distribuição, dobrou em apenas alguns dias de movimentação. “Nós recebemos uma ligação de um parceiro pedindo ajuda na criação, a partir daí uma coisa levou a outra e hoje já temos material para a criação de 150 mil, e queremos mais”, contou.

Catrasta conta que a ideia era algo interessante, e com isso foi buscar ajuda em outras empresas, e começou com o pessoal da Metagal, empresa do mercado automotivo, para ajudar no projeto, e junto com Adriano Rovero, engenheiro mecânico da empresa, começaram a ter ideias para dar vida ao projeto.

O projeto inicial, nasceu pela ABINFER, e com isso foram criadas várias células de empresas. “Aqui na Termocolor, a célula da empresa pretende fazer 150 mil máscaras para atender a região da Grande São Paulo, interior de São Paulo, parte de Minas, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Pernambuco”, conta Wagner.

O planejamento do projeto foi escrito por Adriano, e com isso começaram a ir atrás do molde, visto que o grande problema das doações, era que só estavam conseguindo as hastes (alça da viseira), feita por uma impressora 3D, e que só conseguia fazer uma haste a cada duas horas.

Buscando por mais empresas para ajudar no processo e em cada área que era necessária, Adriano, que se tornou um dos responsáveis pelo projeto, encontrou a Usifer, uma ferramentaria membro da ABINFER, que fabricou o moldes que procurávamos, logo entraram em contato com a empresa, que de imediato aceitou fazer o empréstimo do molde para o projeto.

Outra empresa que aceitou fazer parte do projeto, foi a Astra, através do seu diretor Glauber Toldo, local em que o molde foi enviado para início do processo de injeção das hastes. Esse molde tem autonomia de produção de 400 peças por hora, e com isso, no primeiro dia, já possuíam 10 mil peças injetadas.

O primeiro passo do projeto estava pronto, agora o próximo era buscar parceiros para a produção das viseiras, ou seja, ir atrás do de doações de PET. Wagner encontrou o pessoal da BWB, uma empresa que faz formas de
ovos de páscoa e trabalham com a resina PET. “A BWB, que se encontra parada devido as implicações do COVID-19, aceitaram fazer parte do projeto de prontidão, com toda a mão de bora, só não conseguiriam doar a
matéria-prima, então fomos arrecadar a matéria-prima no mercado”, conta ele.

Já a empresa Print Gráfica, doou todo a mão de obra para cortar as chapas produzidas pela BWB, nas medidas especificadas para as viseiras. E cada chapa, dá origem a quatros viseiras.

Uma questão de sensibilidade e participação coletiva para o mercado

Wagner aponta “a sensibilidade das pessoas em querer ajudar, está muito grande e não foi preciso falar muito, todas as empresas aceitaram na hora. A partir daí, partimos para a maior dificuldade que foi a arrecadação de dinheiro”.

Na quinta-feira (16), o pessoal da Termocolor conseguiu o apoio da da Ciesp de Jundiaí, SP.  “Levamos exatamente uma semana desde o dia da primeira ligação para fazer tudo isso e agora também contamos com o apoio da entidade”, ressalta.

Uma das burocracias para realizar doações, é que é necessário pagar impostos e é preciso um CNPJ, o diretor da Termocolor então, disse que seria o apoio fiscal do projeto, para facilitar o processo.

A PQS, controlada da Alpek Polyester, maior produtora de PET das Américas, foi contatada por um dos apoiadores, para participar do projeto de produção de 150 mil máscaras de proteção para serem doadas a hospitais da rede pública de saúde.

A PQS garantiu a doação da resina PET a ser utilizada na produção das máscaras. Adicionalmente a esta iniciativa, a empresa está participando de outras ações de solidariedade nos estados de São Paulo e Pernambuco.

Durante o processo, Wagner também conseguiu o apoio de Laercio Gonçalves, CEO da Activas, e presidente da ADIRPLAST, que disponibilizou quase que toda a resina doada, além da revista Plástico em Revista, que trabalha na divulgação do projeto em seus canais.

A diretora administrativa e de marketing da Termocolor Roberta Fantinati, que é uma empresa nacional produtora de masterbatches e compostos de cargas minerais, uma das maiores da América Latina, conta que o projeto começou com um cliente entrando em contato e perguntando se a empresa conhecia alguém que fazia chapa de PET. “Buscamos entender qual o objetivo da procura e entendemos com isso melhor o projeto, e assim nós disponibilizamos a nossa estrutura para coordenação do projeto e da operação”.

Com todo o projeto, Roberta destaca que conseguiram colocar o plástico em essência, e evidência, já que ele tem sido muito criminalizado. “Já temos material para 150 mil máscaras, porém, se ainda tiver mais doadores, iremos fazer mais, declara ela.
Roberta finaliza que estão muito felizes com o projeto, porque deu certo, e várias empresas aderiram a causa, sendo uma forma de mostrar para o mundo que o problema não é o plástico, mas a destinação incorreta dele. “O nosso objetivo é ajudar os profissionais de saúde, para que possamos retomar o crescimento do país o mais rápido possível”.

 

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