Produtos químicos e polímeros têm aumento de impostos de importação
Recentemente a Camex (Câmara de Comércio Exterior do Brasil) aprovou o aumento das tarifas de importação de 29 produtos químicos. Entres eles estão: polietileno (PE), polipropileno (PP) e cloreto de polivinila (PVC). Anteriormente, as alíquotas oscilavam entre 7,2% e 12,6%, porḿe o ajuste chega a faixa de 12,6% a 20%, com validade inicial de 12 meses.
A justificativa dada para a medida é a proteção da indústria nacional. Sobretudo para grandes produtores, que têm enfrentado forte concorrência internacional.
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Entre os demais aumentos, o poliestireno expansível, por exemplo, subiu de 12,6% para 18%. Enquanto o tereftalato de polietileno (PET), amplamente utilizado na fabricação de embalagens, também teve sua tarifa elevada para 20%.
A decisão de aumentar as tarifas provocou reações divergentes no mercado. A Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química) celebra a medida, afirmando a importância para a sobrevivência dos produtores nacionais diante dos baixos preços de importação.
Em contrapartida, a Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico) expressa preocupações sobre os impactos negativos da ação. Segundo a Abiplast, o aumento das tarifas pode encarecer a produção de plásticos e outros derivados, afetando diretamente as indústrias que os utilizam.
Nesse sentido, o Governo assegurou que os produtos com tarifas modificadas contarão com acompanhamento mensal. Assim, as alíquotas também passarão por reavaliação, se identificado algum prejuízo à economia ou ao interesse público.
Especulações e perspectivas futuras sobre as importações
Antes da aprovação oficial, especulações sobre o aumento das tarifas já estavam influenciando o mercado. Desde março, alguns importadores começaram a diminuir suas compras, receosos das novas alíquotas.
Essa redução na demanda levou a uma queda nos preços de alguns produtos, como o PVC, no mercado internacional.
Contudo, com a confirmação do aumento, há expectativas de que os preços no Brasil aumentem nos próximos meses, especialmente para os consumidores finais.
Em 2024, espera-se que o panorama de importação e exportação de polímeros passe por mudanças significativas. Com o aumento dos preços no mercado interno, projeta-se que as importações cresçam ainda mais, enquanto as exportações provavelmente enfrentarão uma diminuição.
A resolução será submetida à análise dos parceiros do Mercosul, que têm um prazo de 15 dias para apresentar possíveis objeções. Se não houver resistência, a medida será publicada no Diário Oficial da União e entrará em vigor imediatamente.
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