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Plástico se transforma em sabão de banho, Raízen usa plástico reciclado em embalagens de 1L e Aviões com fuselagem de plástico

Plástico pelo mundo: Fique por dentro das principais notícias e curiosidades do plástico pelo mundo. Pesquisadores desenvolveram uma técnica inovadora que transforma plástico em sabonete de banho. Raízen usa plástico reciclado em embalagens de 1L, diminuindo 536 toneladas de resíduos anualmente e rojeto Clean Sky 2 investe em fuselagens de plástico

Plástico se transforma em sabão de banho, Raízen usa plástico reciclado em embalagens de 1L e Aviões com fuselagem de plástico

Pesquisadores criam método para transformar resíduos plásticos em sabão de banho

Pesquisadores criam método para transformar resíduos plásticos em sabão de banho

O químico Guoliang Liu e seus colegas da Virginia Tech, nos EUA, desenvolveram um método para transformar plástico em sabonete de banho. Com os resultados da pesquisa sendo publicados na renomada revista científica Science.

O segredo da inovação consiste em aquecer polietileno e polipropileno, materiais presentes em sacolas plásticas, e convertê-los em óleo. Isso torna-se possível porque o óleo se assemelha ao principal componente dos sabonetes, possibilitando a produção de um sabão a partir de plástico reciclado.

Apesar desta solução não conseguir lidar com toda a questão dos resíduos, Liu argumenta que, ao invés de deixar resíduos ocupando aterros por séculos. Afinal, ele destaca, uma molécula de uso diário tem o potencial de transformar-se em algo útil.

Nesse sentido, os pesquisadores pontuam que a nova abordagem é ecológica e sustentável, pois diminui o impacto ambiental, ao contrário dos processos que causam poluição.

A tecnologia é importante porque é lucrativa e prática, já que o sabão é um produto com constante demanda. A reciclagem tradicional, por sua vez, não recebe incentivo econômico das indústrias em larga escala.

Além disso, a descoberta abre novas possibilidades para a fabricação de outros produtos reciclados, como detergente. A equipe está buscando parcerias com investidores e com a indústria de detergentes para demonstrar o potencial dessa ideia.

Raízen usa plástico reciclado em embalagens de 1L

Raízen usa plástico reciclado em embalagens de 1L

A unidade de negócios da Raízen, especializada em graxas, fluidos e itens relacionados, licenciada pela Shell, está adotando embalagens de 1L produzidas com plástico reciclado em vez das versões tradicionais. Essas novas embalagens utilizam mais de 50% de resinas pós-consumo e resíduos plásticos oriundos de outros produtos.

A novidade abrange as linhas Shell Helix, Shell Rimula e Shell Advance, e é uma grande vitória na redução de resíduos plásticos. A resina reciclada pós-consumo (PCR), obtida de materiais plásticos reutilizados, principalmente embalagens, passa por reciclagem e logística reversa. 

Com essa inovação, a Raízen calcula que reduzirá em torno de 536 toneladas de plástico por ano, resultando em uma diminuição da pegada de carbono de 37% a 45% para as cores afetadas.

Diante disso, Adriano Bello, Diretor de Operações de Lubrificantes, destaca: “Como a resina reciclada tem uma coloração naturalmente preta, tivemos que adaptar nosso processo de produção para preservar o design e as cores da Shell. Agora, com o recurso tecnológico agregado pela Alpla, nossas embalagens são fabricadas com três camadas, sendo que a camada externa é um revestimento fino que exibe as cores oficiais da marca.”

Em relação ao plástico, ele continua explicando: “Para se ter uma ideia, mais de 50% do plástico de cada embalagem será produzido com PCR. Com essa inovação, esperamos inspirar outras marcas a adotarem essa tecnologia, ampliando ainda mais sua utilização e promovendo a economia circular”

O futuro da fuselagem aeronáutica com compósitos termoplásticos

O futuro da fuselagem aeronáutica com compósitos termoplásticos

O Clean Sky 2, projeto apoiado pela União Europeia, busca reduzir até 30% as emissões de CO2, óxidos de nitrogênio e ruído das aeronaves. Um dos destaques do projeto é o MFFD (Demonstrador de Fuselagem Multifuncional), que analisa o uso de termoplásticos em aeronaves grandes, mostrando sua viabilidade desde 2014. Embora os materiais compósitos tradicionais, como fibra de carbono, ainda apresentem altos custos.

O MFFD usa um compósito termoplástico reforçado com fibra de carbono (CFRTP), moldado a altas temperaturas e solidificado ao esfriar. 

Assim, sua principal vantagem é o menor custo e tempo de produção, além de reduzir mais de 10% do peso estrutural, dependendo das tecnologias usadas. Outra inovação consiste em diminuir a quantidade de fixadores, utilizados nas antigas fuselagens metálicas.

Segundo a Airbus, o MFFD tem o potencial de acelerar a produção de aeronaves e reforçar a competitividade da indústria aeroespacial na Europa. A empresa está entre as 13 parceiras do consórcio, que conta também com a Saab, GKN Fokker, o laboratório DLR da Alemanha, a Universidade de Tecnologia de Delft, entre outros.

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