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[Plástico Pós-pandemia] Oportunidades com retomada de demanda para o RS

Presidente do Sinplast conta sobre as oportunidades que surgiram durante o período de pandemia

Em mais uma edição do projeto Plástico Pós-pandemia, o portal Plástico Virtual traz a entrevista com Gerson Albano Hass, presidente do Sinplast (Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do RS), que fala sobre as oportunidades que o mercado plástico teve com a pandemia, e o que esperar para 2021.

Confira a entrevista na íntegra:                                       

Plástico Virtual – Como o setor se adaptou à nova realidade? Especialmente no viés econômico. Houve retração considerável? Como lidam com os números?

Gerson Albano Hass – O setor conseguiu se adaptar muito bem. Primeiro, transformando muita coisa do que está sendo utilizado que vinha sendo proibido e agora está sendo incentivado para a utilização, como os plásticos de uso único.

O setor conseguiu dar esse aporte, produzir mais e realizar suas entregas, e dentro dos hospitais o incentivo é muito grande do plástico, trabalhando também muito fortemente na reciclagem destes materiais.

PV – Em relação a vagas de trabalho, como estão lidando com as perdas? Existe alguma iniciativa governamental para ajudar nesse quesito?

GAH – A redução de jornada e redução de salário, e também existe a suspensão do contrato de trabalho. Para empresas que faturaram em 2019, menos de R$4 milhões, o Governo paga o valor total da suspensão de contrato de trabalho. Empresas acima de R$4 milhões em 2019, pagam 30% da suspensão do contrato de trabalho.

PV – O que espera do próximo ano?

GAH – A nossa expectativa é que o crescimento no ano de 2021 seja maior que o inicial, pois existe uma demanda reprimida muito forte e essa demanda precisa sair. O pós-pandemia vai ter um consumo maior que o antes da pandemia, pois existe uma demanda reprimida.

PV – Como lidam com a nova realidade? Existe alguma ação que queira destacar?

GAH – O Sinplast adiou as contribuições que cobram de abril para julho, para auxiliar neste momento de pandemia. O Sinplast tem um novo projeto, chamado “Repense” que possui como objetivo de uma comunicação direta com a sociedade, demonstrar a valorização do plástico pós-consumo.

Existe um projeto na Câmara Federal para um fundo para apoiar as cooperativas de reciclagem, aumentando a capacidade de produção deles, melhorando a qualidade do trabalho dos catadores.

PV – Existe algum dado de recuperação econômica ou ao menos projeção?

GAH – Este ano de 2020, no início projetamos um crescimento do setor plástico de 6% a 7%, porém, o crescimento hoje será negativo devido a pandemia. Alguns segmentos do nosso setor ainda estão muito retraídos, enquanto alguns setores, como alimentos, estão crescendo.

PV – A oscilação do dólar afeta a produção local? De que forma?

GAH – A oscilação do dólar afeta a produção local negativamente. Se o dólar sobe, a matéria-prima também sobe o preço interno.

A grande maioria conseguiu aumentar a produção, o que te dá uma redução de custo, mesmo com o valor da matéria-prima mais alto.

O dólar em alta até traz uma certa competitividade interna, pois dificulta a entrada de fora, mesmo que aumente o preço interno, se o dólar sobe 10%, o produto importado também sobe 10%, já o produto interno não sofre essa alteração.

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