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[Plástico Pós-pandemia] Como o Rio de Janeiro se prepara para o novo normal

Presidente do Simperj espera que 2021 seja de retomada do que foi perdido esse ano

Conversamos com o presidente do SIMPERJ (Sindicato de Material Plástico do Estado do Rio de Janeiro), Gladstone José dos Santos Junior, em sequência ao projeto de conteúdo “Plástico pós-pandemia”, que nos contou, com exclusividade, como o estado e as indústrias locais se preparam para essa nova realidade imposta pela pandemia.

Confira:

Plástico Virtual – Como o setor se adaptou a nova realidade? Especialmente no viés econômico. Houve retração considerável? Como lidam com os números?

Gladstone José dos Santos Junior – O mercado de plásticos de uma maneira geral teve uma retração no período da pandemia. O mercado de plástico possui muita flexibilidade, e em alguns momentos a indústria se prontificou a produzir embalagens para álcool gel, a linha de TNT para a área hospitalar. E o mercado que vêm se saindo muito bem, mesmo durante a pandemia é o mercado de plástico e materiais de construção, tubos, conexão. Não houve queda nesse setor.

A linha de bens duráveis de plástico, indústria automobilística, congelou durante a pandemia, e agora no efeito pós-pandemia, ainda segue com uma recuperação muito lenta. No segmento de embalagens, percebemos que o plástico não foi tão afetado assim.

PV – Em relação a vagas de trabalho, como estão lidando com as perdas? Existe alguma iniciativa governamental para ajudar nesse quesito?

GJSJ – Houve ajuda para a questão da linha de financiamento, prorrogação de pagamentos, suspensão temporária do contrato de trabalho, ou redução de carga, isso foi o que o Governo ofereceu de ajuda para a pandemia.

O que percebemos é que houve uma redução de mão de obra no número de pessoas contratadas no setor, houve demissão. Percebemos que aos poucos, as indústrias estão começando a contratar de novo, mas essa recontratação está sendo feita sem a ajuda do Governo, é por conta da própria indústria.

PV – O que espera do próximo ano?

GJSJ – Se eu soubesse o que poderíamos esperar do próximo mês, iria ficar mais fácil falar sobre o que esperar de 2021. Nós estamos nos preparando para uma nova realidade.

Ainda é uma incógnita sobre o que esperar para o próximo ano, o que temos é que nós prepararmos. Algumas coisas irão mudar, alguns hábitos de consumo, e a indústria precisa estar preparada para isso.


PV – Como lidam com a nova realidade? Existe alguma ação que queira destacar?

GJSJ – O SIMPERJ está dando muito suporte para as indústrias que conseguiram produzir produtos voltados a ajuda ao combate do novo coronavírus.

Nós trabalhamos junto as universidades aqui no Rio de Janeiro em um projeto para produção de face Shields, fizemos outros projetos para ajudar durante este momento.


PV – Existe algum dado de recuperação econômica ou ao menos projeção?

GJSJ – Sabemos que a economia como um todo teve uma retração. Temos um número de retração de 25% do setor. A expectativa é que cheguemos ao final de 2020, com um volume de produção do final de 2019, para começar 2021 de forma diferente.


PV – A oscilação do dólar afeta a produção local? De que forma?

GJSJ – A nossa matéria-prima é uma comodity. Ela não é vendida no Brasil em dólar, mas ela pode ser exportada, então, a matéria-prima acaba oscilando de acordo com o mercado internacional.

Quando há o aumento do dólar, a matéria-prima tende a acompanhar o aumento de preço, e sim, afeta as margens, afetando a produção local, ficando mais difícil repassar os valores para clientes.

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