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Novo plástico sustentável, cadeira feita de plástico e uso do plástico na indústria automotiva

Plástico pelo mundo: Fique por dentro das principais notícias e curiosidades do plástico pelo mundo. Novo plástico desenvolvido por pesquisadores promete durabilidade e reciclabilidade. Tramontina se une a à Voz dos Oceanos para combater destinação incorreta de resíduos plásticos e como a Indústria Automotiva está usando plásticos reciclados

Novo plástico sustentável, cadeira feita de plástico e uso do plástico na indústria automotiva

Equipe de pesquisadores apresenta plástico reciclável e de longa duração

Pesquisadores da Universidade Cornell, nos EUA, desenvolveram um novo tipo de plástico, reciclável e durável, feito de material biológico. Ele combina a resistência dos plásticos tradicionais e permite ser reciclado com o uso de calor.

O grupo de Nova Iorque anunciou que o plástico desenvolvido é termofixo, semelhante ao utilizado em pneus, próteses e equipamentos eletrônicos, e ressaltou um grande diferencial.

De acordo com Reagan Dreiling, doutoranda na área de química e autora do artigo publicado na Nature: “Todo o processo, desde a criação até a reutilização, é mais ecológico do que os materiais atuais.”

A equipe de pesquisadores criou um material a partir do DHF, um monômero extraído de fontes renováveis. Eles usaram esse componente para formar um polímero de estrutura reticulada, permitindo a geração de um produto resistente e reciclável com o uso de calor. 

Assim, ao contrário dos plásticos tradicionais, o novo material pode ser decomposto novamente em seus blocos químicos originais, podendo ser reutilizado várias vezes.

Além disso, a equipe de pesquisadores pretende expandir o uso do material, explorando suas possibilidades na impressão 3D e em outros segmentos industriais.

Tramontina fecha parceria com Voz dos Oceanos para evitar plástico nos mares

A Tramontina estabeleceu uma parceria com a Voz dos Oceanos, a primeira expedição de volta ao mundo liderada pela Família Schurmann a bordo de um veleiro, com o objetivo de combater a destinação de plásticos e resíduos plásticos aos mares. 

Com a realização da COP30 (Conferência de Mudanças Climáticas) da ONU em Belém do Pará neste ano, a companhia gaúcha busca fortalecer sua estratégia ambiental. Nesse sentido, têm focado na redução de plásticos nas embalagens e no desenvolvimento de produtos com menor impacto, utilizando resíduos retirados do litoral brasileiro.

Entre as criações da empresa, destaca-se a cadeira reciclada da linha Oceano +Clean. Lançada em 2024, a marca a desenvolveu com material recolhido e reaproveitado das águas.

A parceria entre as empresas começa com ações para antes e depois da COP. Portanto, entre as soluções estão a produção e divulgação de conteúdos educativos, mutirões de limpeza em praias e desenvolvimento de soluções sustentáveis.

Em 2023, a Tramontina reciclou 25 mil toneladas de materiais, implementou ações que impediram a entrada de 11 toneladas de plástico no mercado. Além disso, utilizou mais de 115 toneladas desse material em suas embalagens.

Atualmente, a Tramontina destina 93,6% dos seus resíduos para processos de reutilização, reciclagem ou recuperação energética. 

Assim, a linha Oceano +Clean, reúne cadeiras produzidas com plásticos reciclados retirados do litoral brasileiro, faz parte das iniciativas sustentáveis da Tramontina. A coleção nasceu de um parceria com o Grupo Clean Plastic e a ONG Eco Local Brasil, responsáveis pela coleta e processamento dos resíduos.

Desde 2021, a companhia tem fornecido peças exclusivas para o veleiro sustentável Kat, da Voz dos Oceanos. A bordo, ela participa de ações voltadas para a redução do plástico de uso único e a promoção da economia circular.

O uso estratégico de resinas recicladas no setor automotivo

A utilização do plástico no setor automotivo tem se intensificado de maneira estratégica, com o foco em aumentar a eficiência e diminuir o peso dos veículos. 

O uso de plásticos reciclados também tem se destacado, principalmente em componentes internos, acabamentos e suportes. Assim, algumas montadoras estão incorporando plásticos reciclados projetados para preservar a qualidade e o desempenho das resinas tradicionais, garantindo a durabilidade e a segurança dos veículos. 

Conforme os dados do “Monitoramento dos Índices de Reciclagem Mecânica de Plásticos Pós-consumo no Brasil”, encomendado pelo Movimento Plástico Transforma, iniciativa do PICPlast, e desenvolvido pela MaxiQuim, a indústria automotiva utilizou 71 mil toneladas de resinas recicladas pós-consumo (PCR) em 2023, o valor mais recente. 

Assim, desses 71 mil, 38,5 mil toneladas correspondem ao polipropileno reciclado pós-consumo (PP PCR), empregado na produção de peças automotivas de segunda linha e compostos.

De acordo com o levantamento, a indústria automotiva consome aproximadamente 20 mil toneladas de polietileno tereftalato reciclado pós-consumo, conhecido como PET. Resina utilizada na produção de tapetes, revestimentos internos, forros e cintos de segurança. 

O poliestireno (PS) também faz parte do setor. Com um consumo de cerca de 3 mil toneladas, que são usadas na fabricação de peças de segunda linha e reposição.

Diante disso, Simone Carvalho, integrante do grupo técnico do Movimento Plástico Transforma, explica que o setor automotivo tem uma oportunidade única de se beneficiar cada vez mais com a utilização de plásticos reciclados, reduzindo custos e melhorando sua sustentabilidade. 

Assim, ela completa: “À medida que a indústria adota soluções mais verdes, não só contribui para a preservação do meio ambiente, mas também impulsiona um movimento que pode transformar o mercado global, criando uma economia circular mais eficiente e sustentável para todos.”

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