Marejada sustentável, dispositivo remove resíduos microplásticos da água e kit laboratorial sustentável

Marejada 2024 promove ações sustentáveis 

A Marejada, um dos principais eventos de Santa Catarina, se destaca este ano por suas iniciativas sustentáveis. Uma das medidas de maior impacto é o uso de copos reutilizáveis. Segundo a organização, a estimativa é de que mais de 300 mil copos plásticos deixarão de ser descartados durante os dias de evento, entre 3 e 20 de outubro. Assim, consolidando a Marejada como o único evento de grande porte no estado que não disponibiliza copos plásticos ao público.

Além disso, a abolição da impressão de materiais de divulgação também se mostra como uma ação importante. Para a disseminação da programação, o evento disponibiliza no site oficial e nas redes sociais todas as informações. 

Ainda nesse sentido, a edição deste ano dá prioridade ao gerenciamento de resíduos. Para isso conta com a parceira Biorecicle. Todo óleo de cozinha utilizado pelos restaurantes será destinado de forma adequada, evitando a contaminação de rios. 

Da mesma forma, o público poderá levar óleo de cozinha usado de casa para descarte correto, contribuindo para a preservação dos recursos hídricos.

A Marejada conta ainda com um plano de gerenciamento de resíduos, elaborado e monitorado por engenheiros ambientais. Esse plano abrange todas as etapas do manejo adequado dos resíduos, desde a segregação e acondicionamento até o tratamento e disposição final, em parceria com a empresa Ambiental e o programa Recicla Itajaí.

Os resíduos orgânicos, por sua vez, gerados durante o evento serão compostados, e o adubo resultante será destinado ao horto de Itajaí, fechando o ciclo de sustentabilidade. 

O evento também oferece um serviço gratuito de valet para ciclistas. Assim, garantindo que os visitantes possam deixar suas bicicletas em segurança enquanto aproveitam a programação.

Dispositivo que remove microplásticos ganha reconhecimento internacional

Nos Estados Unidos, dois adolescentes, Justin Huang e Victoria Ou, ganharam destaque internacional ao desenvolverem um dispositivo que promete reduzir os microplásticos na água. O projeto rendeu à dupla o prestigiado Prêmio Gordon E. Moore na Feira Internacional de Ciências e Engenharia Regeneron. Além disso, um prêmio no valor de mais de R$ 274 mil.

O projeto consiste em um dispositivo portátil, do tamanho de uma caneta, que remove de 84% a 94% dos microplásticos na água. Para realizar essa ação, o dispositivo usa ondas ultrassônicas e consegue a remoção desde a primeira aplicação. 

Quanto ao funcionamento do aparelho, os estudantes ressaltam sua simplicidade, porém inovador. Isso porque ele emite ondas sonoras que se propagam pela água, capturando as partículas de microplástico. 

Diante dessa produção, além do Prêmio Gordon E. Moore, o projeto também foi reconhecido na categoria de Ciências da Terra e Meio Ambiente, patrocinada pelo Google. Com o sucesso inicial, a dupla planeja aprimorar a tecnologia e expandir seu uso para novos contextos. 

Dessa forma, incluindo-o em máquinas de lavar e aquários. Bem como contribuindo para um futuro mais sustentável e com menos resíduos plásticos.

A inovação desenvolvida pelos jovens não só oferece uma solução prática e acessível. E ainda, evidencia o papel essencial das novas gerações na busca por novas soluções. 

Estudantes desenvolvem kits de laboratório com materiais reciclados

Em Santa Maria da Vitória, no Oeste baiano, duas alunas do Centro Territorial de Educação Profissional da Bacia do Rio Corrente destacaram-se ao aliar aprendizado e sustentabilidade. Emanuelly Dourado e Emili Moura idealizaram um projeto que reutiliza materiais descartados para criar kits laboratoriais. 

Assim, beneficiando a infraestrutura de estudos e incentivando a educação ambiental entre os estudantes. Nesse sentido, a iniciativa busca disponibilizar novos materiais ao mesmo tempo que integra estudantes ao processo de produção.

Diante disso, Dourado destaca:  “O propósito é reciclar materiais de baixo custo e transformá-los em produtos para utilização  no cotidiano dos alunos. Ao mesmo tempo, esta é uma alternativa para instigar a curiosidade e o aprendizado do ensino científico entre os jovens.”

De acordo com ela, o projeto também incentiva o interesse e o aprendizado científico entre os jovens. 

Até o momento, foram fabricados kits com 12 equipamentos diferentes, incluindo balanças, tubos de ensaio e manuais didáticos, todos confeccionados com materiais reciclados. Assim, o projeto se destaca pela sustentabilidade e acessibilidade financeira. 

Unindo também inovação presente nos produtos e no processo de aprendizado colaborativo, que integra estudantes, professores e a comunidade.

Sob a orientação da professora Eugênia Silva, as estudantes idealizadoras do projeto, vinculado ao Programa Ciência na Escola da SEC (Secretaria da Educação da Bahia), pretendem expandir sua atuação. O plano inclui não apenas a formação de novas turmas, mas também a distribuição dos kits para escolas de áreas próximas que ainda carecem desses recursos.

Perante isso, Silva explica: “Essa iniciativa tem transformado a forma como nossos alunos enxergam a ciência e a sustentabilidade. É um exemplo de como podemos fazer a diferença com criatividade e colaboração.”

O projeto já vem recebendo feedback positivo por parte dos professores, que confirmam a eficácia dos equipamentos reciclados no aprendizado prático dos alunos. Além disso, o projeto desperta o pensamento científico e promove o senso de responsabilidade ambiental entre os estudantes.

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