Trabalho busca orientar para redução de pellets nos oceanos
No dia 15 de agosto de 2018 foi lançado o Manual de Orientações “Pellets Zero”, no Congresso de Atuação Responsável da Abiquim, em São Paulo (SP). Este trabalho é parte das ações realizadas pelo grupo, voltado à redução da entrada do lixo nos mares e vem para colaborar com os compromissos voluntários para a proteção dos mares, assumidos pelos governos de diversos países, inclusive o Brasil, durante a Conferência das Nações Unidas para Oceanos, em 2017.
O manual visa auxiliar a cadeia produtiva dos plásticos, empresas transportadoras, operadores logísticos, empresas de atendimento a emergências durante o manuseio, armazenagem e transporte, entre outros, a reduzirem a perda de pellets plásticos no ambiente marinho. O documento apresenta análise detalhada, mapeamento e entendimento dos diferentes processos de eventuais perdas desses materiais no ambiente, considerando toda a cadeia produtiva do país e apresenta uma série de orientações para mitigar essa questão.
Além do viés ambiental, o manual verifica a importância de considerar que a perda de pellets por parte das empresas gera prejuízos financeiros. O professor e pesquisador, Alexander Turra, do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IOUSP), um dos responsáveis pela elaboração do manual, explica que não existem dados oficiais que indiquem o quanto é perdido nas operações de manipulação e transporte desses produtos. “Mas o desenvolvimento de uma metodologia que evite essa perda nas operações de rotina, apesar de não ser percebida em um curto prazo, poderá representar ganhos ambientais e econômicos no longo prazo”, afirma Turra.
O Manual de Orientações “Pellets Zero”, teve como base o Programa Internacional Operation Clean Sweep e busca atender uma das metas previstas pelo Objetivo do Desenvolvimento Sustentável nº 14 (ODS-14), de, até 2025, “prevenir e reduzir significativamente a poluição marinha de todos os tipos, especialmente a advinda de atividades terrestres, incluindo detritos marinhos e a poluição por nutrientes”. Além disso, vem para colaborar com os compromissos voluntários para a proteção dos mares, assumidos pelos governos de diversos países, inclusive o Brasil e, por organizações intencionais da sociedade civil, durante a Conferência das Nações Unidas para os Oceanos, em 2017.
O documento foi produzido como parte do convênio entre a Plastivida (Instituto Socioambiental do Plástico) e o Laboratório de Manejo, Ecologia e Conservação Marinha do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo. Além disso, contou com a participação ativa do “Fórum Setorial dos Plásticos – por um mar limpo”, que conta com 16 signatários entre empresas e instituições, com o objetivo de conhecer a fundo a questão dos lixos nos mares e promover soluções para este problema.
Segundo Miguel Bahiense, presidente da Plastivida, trata-se de um material de grande importância para que se avance nos trabalhos de mitigação da poluição marinha. “Desenvolvemos um manual informativo e que promove ações práticas para que os plásticos cumpram sua função de gerar benefícios à sociedade, de forma sustentável”, afirma o executivo.
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