Apontamento foi feito pela ADIRPLAST em encontro com associados para discutir futuro do setor
A ADIRPLAST (Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins), em encontro com seus associados, levantou questionamentos e dados sobre a logística aplicada pelo setor no país.
No evento, Marco Antonio Oliveira Neves, da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística, apresentou para o grupo os atuais desafios e tendências para a logística no Brasil: “A logística representa de 5% a 10% do gasto operacional do distribuidor de resinas e, por isso, é fundamental a busca por eficiência. É preciso estar adequado as todas essas novas necessidades”, explicou o especialista.
Com um sistema logístico eficaz e entregas feitas em até 24 horas (para todos os Estados), os associados da entidade sabem da importância da entrega rápida e certeira para seu cliente, que não conta com estoque. “Essa agilidade é fundamental porque permite que o transformador invista em pessoal e maquinário, ao invés de colocar seu dinheiro parado em produto”, explica o presidente da ADIRPLAST, Laercio Gonçalves.
Entre as novidades do segmento apresentadas pelo consultor aos associados vale destacar a ferramenta TMS (Transportation Management System) e a implantação de um sistema de indicadores de desempenho (KPI – Key Performance Indicators). “Elas trazem informações, em tempo real, e permitem a atuação conjunta entre embarcadores e prestadores de serviço em transporte”, ressaltou Neves. Isso, segundo ele, ajuda a compensar o número cada vez maior de restrições operacionais: “Tempo máximo de jornada de trabalho, congestionamentos, restrições de circulações e estacionamento, capacidade dos veículos, condições de descarga e limitações impostas pelo gerenciador de riscos, tudo isso precisa ser levado em consideração por quem trabalha com logística”.
Ainda segundo o consultor da Tigerlog, o sucesso da logística pode estar em alguns pontos chaves: “Empresas que continuamente alimentam os valores de precisão e consistência previnem muitos erros e isso pode ser projetado dentro do sistema de transporte. Além disso, antecipar a necessidade do cliente é fundamental para oferecer um serviço de excelência”.
Frota própria ou terceirizada?
Existem vantagens e desvantagens em se trabalhar com frota própria, mas também terceirizada, apontou o especialista em sua apresentação. Por isso, é preciso considerar todos os pontos antes de fazer uma escolha: “Uma frota própria exige mais contratações de pessoas especializadas e investimento. Problema que com terceirizada pode ser resolvido. Mas é preciso ficar atento. Ter um gestor de frota dentro de sua empresa, capaz de gerenciar e trabalhar com melhorias contínuas das fornecedoras, é fundamental”, explicou.
Entre os associados da ADIRPLAST existem empresas que optaram por frota própria, como a Activas e a Piramidal, e outras, como a Entec, que preferiram atuar com terceirizadas: “Pra quem prefere terceirizar, o grande segredo é achar um parceiro que esteja realmente presente e disposto a trabalhar de forma conjunta, inclusive na busca de novas soluções para que as entregas sejam feitas de forma cada vez mais rápida e eficiente”, acredita Osvaldo Cruz, vice-presidente da entidade e diretor da Entec.