Larvas degradam plástico, energia verde com plástico e mais de 6 mil toneladas recicladas
Plástico pelo mundo: Fique por dentro das principais notícias e curiosidades do plástico pelo mundo. Larvas-da-farinha podem revolucionar a reciclagem do poliestireno, Tecnologia converte PET em matéria-prima valiosa e gera energia limpa e Ambiental registra marca histórica de 6 mil toneladas de plásticos reciclados
Larvas degradam plástico, energia verde com plástico e mais de 6 mil toneladas recicladas
Cientistas descobrem larvas que degradam isopor

De acordo com um estudo publicado na revista Nature, as larvas-da-farinha demonstram um enorme potencial na degradação do poliestireno, popularmente chamado de isopor. Pesquisadores do Icipe (Centro Internacional de Fisiologia e Ecologia de Insetos), no Quênia, descobriram que essas larvas consomem resíduos plásticos de forma natural em galpões locais.
O poliestireno, com sua ampla aplicação em embalagens alimentícias, é notoriamente difícil de se decompor. No entanto, as larvas do besouro Alphitobius não só conseguem sobreviver ao consumir poliestireno, mas também o degradam de maneira eficiente. Estudos mostraram que uma dieta enriquecida com nutrientes adicionais melhora consideravelmente a capacidade dessas larvas de degradar o plástico.
Diante disso, pesquisadores propõem a extração de enzimas e microrganismos encontrados no intestino das larvas para aplicá-los em processos industriais. Isso possibilitaria uma degradação controlada e ecológica do poliestireno em fábricas e aterros.
Apesar das perspectivas promissoras, a tecnologia ainda está em estágios iniciais. Os pesquisadores seguem trabalhando para otimizar as condições e ampliar a aplicação das descobertas em processos industriais em larga escala.
Pesquisa revela como resíduos plásticos podem ser transformados em energia limpa

Uma pesquisa conduzida pelo professor Manish Shetty, da Universidade Texas A&M, criou uma estratégia inovadora para converter resíduos plásticos em energia limpa. O estudo baseia-se em duas reações químicas fundamentais: metanólise e hidrogenólise
Na metanólise, o metanol quebra o PET em compostos menores. Enquanto a hidrogenólise utiliza hidrogênio armazenado em transportadores orgânicos para converter esses fragmentos em p-xileno, fundamental para a produção de combustíveis. Esse processo, além de reaproveitar o plástico, resolve o desafio do armazenamento de hidrogênio puro, que é caro e complexo.
A chave para o sucesso dessa tecnologia são os catalisadores especializados, como o Cu/ZnZrOₓ, que combina cobre, zinco e zircônio. Esses catalisadores aceleram e controlam as reações químicas. Desse modo, permitindo que o hidrogênio transportado pelo metanol rompa as ligações do PET e o converta em uma matéria-prima valiosa.
Assim, essa abordagem não só recicla plásticos descartados, mas também apresenta uma solução viável para substituir os combustíveis fósseis. Dessa forma, promovendo um futuro mais sustentável.
Ambiental recicla 6 mil toneladas de plásticos em 2024

A Ambiental, divisão da JBS focada na gestão de resíduos sólidos, registrou uma marca histórica ao reciclar 6 mil toneladas de plásticos em um único ano. Com mais de 10 anos de atuação, a unidade já reciclou 46 mil toneladas de plásticos, volume equivalente a 18 piscinas olímpicas, contribuindo para a redução de resíduos em aterros.
De acordo com Thuany Taves, diretora da Ambiental, a empresa tem investido desde 2017 na valorização da reciclagem de plásticos. Entre 2023 e 2024, viu a necessidade de expandir seu impacto no mercado, além de intensificar suas iniciativas de economia circular.
Nesse sentido, ela afirma: “Desde a criação da Ambiental, a empresa passou da gestão de resíduos para avançar também na reciclagem de resíduos plásticos e sua conversão em matéria-prima e produtos.”
Cerca de 80% do plástico reciclado pela Ambiental vem das operações da JBS, incluindo Friboi, Seara, Swift, Couros e Novos Negócios. Além disso, a empresa cria novos produtos para atender às necessidades da companhia e do mercado. Desses 12 meses de reciclagem, 66% foi destinado a insumos industriais e 34% a produtos plásticos.
Com uma atuação abrangente, a Ambiental gerenciou em 2024 a destinação adequada de cerca de 30 mil toneladas de resíduos. Com isso, abrange tanto recicláveis (papel, vidro e metal) quanto não recicláveis (lâmpadas, pilhas e baterias).
Em parceria com outras empresas, a Ambiental também desenvolve soluções sob medida para diferentes tipos de plásticos. Bem como atuar na reciclagem e gestão de resíduos.
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