Banner Diamante Plástico 10 anos
NotíciasPlástico

Inovação industrial: 82% das pequenas empresas inovam

Pesquisa da CNI revela, no entanto, que apesar de a maioria ter inovado, em geral as pequenas empresas ainda não têm estrutura para tornar a inovação industrial uma atividade contínua.

As pequenas empresas sabem da importância estratégica da inovação para que se mantenham no mercado e sejam competitivas, mas ainda esbarram em dificuldades para inovar. 

É o que apresenta a pesquisa inédita da Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizada pelo Instituto FSB Pesquisa junto a executivos de 500 indústrias de pequeno porte (de 10 a 49 empregados).

De acordo com os dados, 82% dessas empresas passaram por alguma inovação pelo menos uma vez nos últimos três anos.

No entanto, apesar de a grande maioria ter inovado, em geral as pequenas empresas ainda não têm estrutura para tornar a inovação uma atividade contínua. 

Segundo a pesquisa, 68% não possuem uma área de inovação e 76% não têm orçamento específico para inovação nem profissionais dedicados exclusivamente a esse fim. 

Mas para 57% dos executivos, a importância que a empresa dá para a inovação é alta ou muito alta.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, alerta que a inovação será cada vez mais importante no pós-pandemia.

Afirma que “A destinação de recursos financeiros para ciência, tecnologia e inovação será fundamental para o país sair forte da crise”.

E complementa ser importante “Para a indústria buscar alternativas diante das incertezas que ainda se encontram as relações entre países, para enfrentarmos problemas como a falta de insumos para a produção nos mais diferentes setores”.

Ganhos com inovação industrial na pandemia

Todavia, os números mostram ainda que, durante a pandemia, 68% das pequenas indústrias inovaram e tiveram ganhos de lucratividade, produtividade e competitividade. 

De acordo com a pesquisa:

  • 45% das empresas apontaram que a dificuldade para inovar no período de Covid-19 aumentou;
  • 19% consideram que a dificuldade para inovar no período diminuiu;
  • 36%, consideram que ficou igual.

Entre as principais dificuldades para inovar durante a pandemia está o acesso a recursos financeiros de fontes externas à empresa, o que foi declarado por 20%. 

Na sequência, aparecem:

  • A dificuldade para contratar profissionais (9%); 
  • Para obter mão de obra qualificada (6%), 
  • De orçamento na empresa (6%); 
  • De acesso à cadeia de fornecedores (5%).

Do universo de 500 pequenas indústrias entrevistadas 78% sentiram o impacto da pandemia sobre seus negócios, sendo que:

  • 27% disseram ter sido muito prejudicadas;
  • 14% prejudicadas;
  • 17% mais ou menos prejudicadas;
  • 20% um pouco prejudicadas. 

Para 55% dos executivos, a cadeia de fornecedores ficou entre o primeiro e segundo aspecto mais impactado pela pandemia, seguido pelas vendas (50%) e pela relação com os trabalhadores (19%).

Reflexos da inovação na pandemia

A pesquisa revela também que 45% das pequenas empresas tiveram mais dificuldades em inovar por conta da pandemia.

No entanto, para 19% que considerava difícil inovar, o processo melhorou na pandemia. 

Os executivos consideram as parcerias importantes para inovação em suas empresas. Segundo eles, os principais parceiros que refletem na inovação industrial são: 

Em contrapartida, a inovação industrial é considerada essencial por 68% das pequenas empresas que não fizeram inovação nesse período.

Pensando num mundo pós pandemia, 80% afirmam que terão que investir em inovação para crescerem ou se manterem no mercado. 

As regiões Nordeste (93%) e Sul (81%), sob o mesmo ponto de vista, são as que mais acreditam na inovação para o futuro das empresas.

Avanços das tecnologias

Considerando a inovação industrial nesse período da pandemia, 78% das empresas avançaram, em algum nível, na adoção de novas tecnologias digitais.

Dessa maneira, 49% das empresas aumentaram o volume de vendas durante a pandemia, 47% estão produzindo com mais eficiência e 46% ampliaram o volume de produção. 

Dessa forma, é possível perceber como a inovação e adoção de novas tecnologias impactaram positivamente no desempenho das pequenas empresas durante a pandemia.

Então, os executivos destacaram, ainda, que a relação com o cliente e o marketing são os itens prioritários para o pós-pandemia. 

Já para os próximos 3 anos, as prioridades serão a ampliação do volume de vendas, a produção com menos custos e mais eficiência, além disso, o aumento do volume de produção.

Trabalho remoto durante a pandemia

O trabalho remoto mudou a realidade de muitas empresas, a princípio, durante a pandemia e nas pequenas indústrias o cenário não foi diferente. Nesse período, 43% das empresas adotam o trabalho remoto. 

As regiões Nordeste e Sudeste foram as que mais tiveram empregados em trabalho remoto, foram 52% e 45% das empresas, respectivamente.

Um total de 35% das pequenas empresas que adotaram o home office vão manter esse modelo em definitivo no pós-pandemia, enquanto outras 65% dizem que não pretendem aderir a esse modelo de trabalho.

Com as empresas adotando o modelo de trabalho remoto durante a pandemia, a adoção de novas ferramentas se fez necessária e elas dizem que vão manter. 

A pesquisa mostra que 45% das pequenas empresas tiveram que investir em ferramentas para condução de reuniões online, 43% investiram em serviços de armazenamento na nuvem e 42% em ferramentas de automação.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo