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Indústria pede acordo ao governo para crescimento no comércio exterior

A Confederação Nacional da Indústria e a Confederação das Empresas Europeias, acreditam que acordo entre o Brasil e a União Europeia pode alavancar o crescimento da indústria nas regiões

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, estiveram em Brasília para projetar o futuro industrial das regiões. As indústrias dos dois lados pedem esforços dos governos para a conclusão do acordo entre a União Europeia e o Mercosul.

Nesse sentido, a CNI e a BusinessEurope (Confederação das Empresas Europeias) apontam o acordo como crucial para alavancar a relação bilateral a um novo patamar. E acreditam ser importante também para enfrentar um concorrente que não mencionam: a China.

A princípio, o comércio bilateral Brasil-UE, alcançou um valor recorde de quase 90 bilhões de euros em 2022. 

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Os investimentos são fortes, com a UE com volume de mais de 277 bilhões no Brasil. Por sua vez, o Brasil tem investimentos diretos de 132 bilhões de euros na UE, sendo o maior investidor latino-americano no bloco comunitário.

Apesar disso, a constatação é de que ‘essas relações estão muito abaixo do seu potencial’, dizem a CNI e a BusinessEurope. 

As representações do setor industrial dizem estar preocupadas que “essas circunstâncias tenham exacerbado o lamentável declínio da relevância da relação comercial UE-Brasil em favor de outros grandes concorrentes”.

união europeia

Queda no ranking de exportações

Sobretudo, a União Europeia já foi o principal parceiro comercial do Brasil, agora responde por apenas 16% das importações globais do país. Assim, ocupando somente a terceira posição como principal fornecedor do Brasil. 

Desse total, as exportações de máquinas e equipamentos da UE representaram 21% de todas as vendas do bloco ao Brasil, em 2003, mas caíram para menos de 16%, 20 anos depois.

Por sua vez, o Brasil foi superado por países como Índia e Coreia do Sul no ranking dos principais parceiros comerciais extrabloco da UE. 

Além disso, entre 2003 e 2022, o papel da indústria manufatureira nas exportações brasileiras para a UE caiu de 68% para quase 49% de todo o valor vendido para os 27 países membros do bloco comunitário.

Diante dessas ‘preocupantes tendências’, o Acordo de Associação Mercosul-União Europeia torna-se mais importante do que nunca como uma resposta estratégica, abrangente e sustentada, acrescentam as duas confederações. 

Áreas de livre comércio

O acordo Mercosul-UE será uma das maiores áreas de livre comércio do mundo. Cobrindo quase um quarto da economia global e 31% das exportações mundiais de bens.

Isso porque, o acordo fortalecerá ainda mais os laços entre dois dos maiores blocos democráticos do mundo.

Nesse contexto, com relação a discussões atuais sobre um instrumento adicional ao acordo, CNI e BusinessEurope encorajam os negociadores a viabilizarem ‘a flexibilidade apropriada a fim de chegarem a um acordo equilibrado e tempestivo’.

Bem como, pedem para os governos aproveitarem a ‘janela de oportunidade’ aberta ao longo de 2023. “Para progredirem significativamente em direção à ratificação do Acordo durante a Presidência do Conselho Europeu pela Suécia e Espanha, e a Presidência Pro Tempore do Brasil no Mercosul”, finalizam.

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