Indicador de Custos Industriais cai
O ICI (Indicador de Custos Industriais), uma estimativa dos custos da indústria de transformação brasileira, registrou uma queda de 1,0% durante o primeiro trimestre de 2024, diante do quatro trimestre de 2023.
Em pesquisa, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) relata que o indicador está em rota de queda há cinco trimestres. Mas foi interrompida por um avanço no último trimestre de 2023.
Já a volta dessa trajetória de queda acontece devido ao recuo de dois dos três componentes do ICI: o custo da produção, que caiu 1,4%; e o custo de capital, que registrou queda de 2%.
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Diante disso, Paula Verlangeiro, economista da CNI, explica:“A queda é positiva, pois significa menos custos para o empresário da indústria de transformação. Mas, quando comparamos com o primeiro trimestre de 2020 (antes da pandemia), os empresários industriais ainda enfrentam um cenário de custos elevados para manter profissionais, para conseguir capital de giro e para continuar produzindo.”
Enquanto isso, o índice de custo com capital caiu 2% no primeiro trimestre de 2024, e, assim, o indicador registrou queda pelo quarto trimestre seguido. Com esses dados, conclui-se que este componente do ICI foi o que mais recuou no período.
Com isso, ele reflete as quedas da taxa Selic, que teve seis cortes seguidos de 0,5 ponto porcentual de agosto de 2023 a março de 2024.
Produção industrial menor
Assim, o índice que mensura o custo com a produção industrial caiu 1,4% depois da alta no quarto trimestre de 2023. Desse modo, ao avaliar os três componentes do custo com produção, dois apresentaram queda, e um apresentou alta neste primeiro trimestres.
Já o componente custo com pessoal recuou 3,5%, o movimento é esperado para o período, e contribuiu para a queda do índice de custo com produção. A diminuição acontece também pela queda de 3% da massa salarial no início do ano, ao passo que o emprego avançou 0,5% no primeiro trimestre.
A queda dos custos com bens intermediários foi de 1%, na mesma intensidade, seja dos custos com bens intermediários nacionais, seja também dos custos com bens intermediários importados.
Mas, o componente de custo com energia, por sua vez, subiu no trimestre, com alta de 2,1%. Assim, registrou-se uma alta de 3,1% no custo com energia elétrica, avanço de 0,6% para óleo combustível e aumento de 2% do custo com gás natural.
Como foi o custo tributário no primeiro trimestre de 2024
Para o custo tributário, medido pela soma dos tributos federais e estaduais pagos pela indústria divididos pelo PIB industrial. Nesse sentido, ele avançou 1,7% no primeiro trimestre de 2024 ante o quarto trimestre de 2023.
No mesmo período, conforme a CNI, é normal observar a arrecadação menor por conta dos fatores sazonais. Entre os fatores de impacto aparecem: férias coletivas e desaceleração de negócios após o fim do ano.
Dessa maneira, os fatores contribuem para uma atividade econômica menor no primeiro trimestre, gerando receitas reduzidas, afetando a arrecadação de impostos.
Porém, como a queda do PIB se apresentou maior que a queda dos tributos totais, o indicador aumentou na comparação entre o quarto trimestre de 2023 e o primeiro trimestre de 2024.
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