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Estudantes criam tecnologia para tingimento de plásticos por meio de matéria-prima orgânica

Estudantes do Senai criaram nova tecnologia de tingimento de plásticos com objetivo de ofertar para toda cadeia produtiva do plástico

Uma nova tecnologia foi desenvolvida por alunos do Senai de Jundiaí-SP, que envolve o uso de pigmentos naturais. Os alunos desenvolveram o tingimento de plásticos com matéria-prima orgânica. A empresa não produz o pigmento, mas desenvolveu a tecnologia que faz com que o pigmento natural pinte o plástico de embalagens sem materiais de origem química e industrial.

O professor orientador da turma do Senai, Eduardo Garcia comenta “a iniciativa passou por um processo de construção de modelo de negócio que foi apresentado pelo Organicolor para a Natura, empresa de cosméticos que teria ficado interessada no produto para aplicação em suas embalagens”.

O Organicolor, é a empresa que foi desenvolvida pela equipe de estudantes, que desenvolveu a tecnologia de tingimento de plásticos por meio de matéria-prima orgânica. A empresa não produz o pigmento, mas desenvolveu a tecnologia que faz com que o pigmento natural pinte o plástico de embalagens, sem a necessidade de materiais de origem química e industrial.

Essa é uma tecnologia que chega para indústrias que processam os materiais plásticos, transformando-os em artigos para as mais diversas aplicações. “A ideia é reduzir consideravelmente o uso de pigmentos de origem sintética/química para o tingimento de plásticos. Nossa proposta é ofertar á toda cadeia produtiva do plástico, pigmentos de origem sustentável e orgânica”, explica.

A matéria-prima utilizada para essa nova tecnologia, foi o Urucum, e a partir dele, os alunos do Senai de Jundiaí-SP, junto com o professor orientador fizeram testes com outras bases orgânicas, como a Clorofila, obtendo ótimos resultados. Os materiais plásticos validados são os poliolefínicos e poliestirenos.

Hoje o maior desafio para esse tipo de pigmento é a baixa resistência térmica, pois quando em contato com altas temperaturas, o pigmento orgânico altera suas características e seu aspecto visual. Já encontramos algumas alternativas que estão apresentando ótimos resultados, diz o professor Garcia.

Esse tipo de tingimento plástico por meio da matéria-prima orgânica pode ser utilizado por praticamente todos os setores das indústrias, porém deve-se considerar qual o tipo de material plástico irá pigmentar. Os tipos de plásticos que melhor apresentam resultados são os materiais não higroscópicos, ou seja, aqueles que não absorvem umidade.

Esse pigmento pode criar efeitos naturais e cores variadas, em função do percentual utilizado. “Um grande objetivo futuro, está em combinar o pigmento natural com polímeros biodegradáveis e sustentáveis”, comenta professor Garcia.

O principal objetivo dessa nova tecnologia desenvolvida pelos alunos do Senai de Jundiaí é com os aspectos ambientais. Segundo o professor orientador Garcia, “uma vez que o plástico está em evidência quando falamos de poluição e degradação do meio ambiente, entretanto, existem muitos outros materiais muito mais agressivos ambientalmente e que não são colocados em pauta. É indiscutível o ganho nesse sentido, desde a sua extração, oriunda de fontes renováveis, até o descarte, pois trata-se de um material 100% orgânico.”

O tingimento plástico por meio de matéria-prima orgânica possui rentabilidade relacionada ao tipo de aplicação, pois ainda existe um custo maior do que os pigmentos comodities. Porém cosméticos, linha branca e linha automotiva já possui grande valor agregado para essa nova tecnologia.

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