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Embalagem plástica com resto de alimentos

A estimativa é que a nova garrafa de água da startup Cove, se degrade em menos de cinco anos e que sua comercialização aumente já no próximo ano

A startup Cove criou a primeira embalagem feita com uma mistura de PHA, um tipo de polímero de base biológica projetado para se decompor quando compostado. A embalagem pode comportar qualquer tipo de líquido, como água e suco.

A princípio, o novo material é feito a partir de fermentação, ou seja, os micróbios são alimentados com óleo vegetal, açúcar, resíduos de alimentos ou CO2 capturado. 

Em sequência, suas células então produzem naturalmente um polímero que pode ser extraído e transformado em plástico. 

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Ainda não se sabe o tempo exato que essas garrafas vão levar para se decompor, pois isso dependerá do ecossistema. “A biodegradabilidade não é mágica. Não é só jogar fora e pronto”, diz Ramani Narayan, professor da Michigan State University que estuda plásticos biodegradáveis.

Isso porque, segundo Ben Kogan, chefe de sustentabilidade e política da Cove, nenhum ambiente é igual ao outro.

Ou seja, geralmente, o máximo que se consegue é obter uma estimativa que fornece um limite máximo e um limite mínimo de quanto tempo levará. Por isso, com base em um estudo anterior, a empresa espera que a garrafa leve entre um ano e meio e quatro anos e meio para se decompor.

A reciclagem desse material

Com o equipamento certo, o material também poderia ser reciclado. No entanto, até que existam mais embalagem de PHA no mercado, os recicladores não têm motivos para investir em toda uma nova infraestrutura. 

Sobretudo, o design final da embalagem usa uma mistura de diferentes tipos de PHA. Devido aos desafios de tornar esse tipo de plástico transparente, essas garrafas são brancas, em vez das típicas embalagens translúcidas. 

Por serem mais caras – US$ 2,99 por garrafa – o mercado para o produto da Cove pode ser mais limitado por enquanto.  A esperança é ampliar o público consumidor e começar a substituir as águas engarrafadas convencionais.

Nesse sentido, a primeira fábrica tem capacidade para produzir 20 milhões de garrafas por ano. A startup, que arrecadou US$ 20 milhões desde 2018, planeja construir uma unidade ainda maior no ano que vem.

Alex Totterman, fundador e CEO da Cove, explica que: “O que estamos tentando fazer é inspirar e esperar que sigam nosso exemplo, conforme os consumidores forem dando mais sinais de demanda por plástico degradável – como aconteceu com os veículos elétricos”. 

Ele finaliza dizendo: “Realmente, só precisa haver um caso pioneiro convincente e os outros seguirão pelo mesmo caminho”.
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