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Dólar em alta acarreta consequências para o mercado industrial

A moeda norte-americana impacta na economia e traz novas perspectivas sobre o ritmo de crescimento do país

O dólar apresentou novo recorde na última sexta-feira (21), sendo negociado a R$4,40 pela primeira vez. Uma das preocupações para a alta da moeda americana, são as medidas feitas pelo governo com o impacto do coronavírus na economia global. Casos recentes da epidemia no Brasil, também devem fazer com que a moeda americana suba ainda mais e preocupa o cenário.

Christopher Mendes, diretor financeiro da ABIMEI (Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais) destaca, que na indústria, os impactos do câmbio alto são grandes. “Grande parte da nossa tecnologia é importada, como bens de capital, componentes e insumos”, afirma.

Rogerio Mani, presidente da ABIEF (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis) comenta que na indústria é possível ter dois lados da moeda. O lado de quem exporta que está com uma receita maior, e os impactos dos insumos que são importados. “A nossa matéria-prima, é importada, e a base delas é o preço das petroquímicas e o dólar”, destaca.

Devido a essa alta da moeda, empresas que importam terão que aumentar os preços dos produtos finais, trazendo impactos para o mercado. Já os produtos nacionais tendem a ficar mais competitivos para a exportação. “Quando se fala de repasse nos preços, o mercado se encontra mais maduro, tendo negociações mais confortáveis. Claro, se a moeda permanecer em alta, poderá causar uma pressão inflacionária”, pontua Mani.

A economia com a guerra comercial entre EUA e China

Mendes assegura que devido as empresas aumentarem seus preços, gera uma queda de margem dos industriais, que já vem sendo enfrentada há alguns anos. “O câmbio alto não resolve muito a questão de competitividade no país, é necessária uma política industrial abordando temas como tributos, incentivos e infraestrutura”, afirma.

Outra questão que acarreta dúvidas, é a guerra comercial entre EUA e China. O presidente norte-americano, Donald Trump anunciou tarifas sobre produtos chineses, para estimular a produção interna. “A questão da guerra comercial é uma grande incógnita, por um lado pode aumentar a exportação de produtos primários, e por outro, pode diminuir a exportação de alguns produtos primários devido ao acordo”, ressalta Mendes.

Os novos impactos do coronavírus no mercado global e na economia

O coronavírus se mostra preocupante devido fábricas na China estarem fechadas e em atraso produtos. Já o anúncio do primeiro caso no Brasil mexeu ainda mais com o mercado financeiro, que se encontra balançado devido ao câmbio alto. “A partir de março iremos começar a sentir o impacto do coronavírus no mercado do plástico, e no mercado como um todo, devido aos atrasos no mercado financeiro, e das importações e exportações”, explica Mendes.

Com o impacto da epidemia, a Chinaplas, divulgou uma nova data para a realização, de 03 a 06 de agosto. Recentemente, divulgou que o mercado espera ter uma retomada superior a 50% e que algumas indústrias chinesas já estão retomando suas operações.

Empresas como LANXESS têm se esforçado para minimizar os impactos da epidemia da empresa na China, e já retomou suas atividades. A empresa Clariant afirma que os impactos da epidemia na indústria de plásticos, são pesados. Além disso, diversas outras empresas como JCTimes, Well-Lih, Coperion Nanjing, afirmam que estão resolvendo os problemas que a epidemia pode ter causado no mercado e apresentarão novas tendências tecnológicas na feira

Outro fator que a doença causou impacto, foi na programação da ABINFER com a Conferência Mundial ISTMA 2020. De acordo com a nota oficial, o evento foi reagendado para 08 de setembro, coincidindo com a Convenção de Tecnologias de Produção 2020.

A ABIPLAST (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), até o fechamento da matéria, não retornou os questionamentos sobre o assunto. 

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