Doação de 2 toneladas de tampas plásticas, fungos que degradam plástico e Rock in Rio sustentável
Plástico pelo mundo: Fique por dentro das principais notícias e curiosidades do plástico pelo mundo. O projeto Tampinha Legal recebeu uma doação que ajudará associação. Pesquisadores analisam 18 tipos de fungos que degradam o plástico. Comemorando 40 anos de festival, o Rock in Rio destaca medidas sustentáveis em 2024
Doação de 2 toneladas de tampas plásticas, fungos que degradam plástico e Rock in Rio sustentável
Tampinha Legal recebe mais de 2 toneladas de tampas plásticas
O projeto Tampinha Legal recebeu a doação da APAE de Sapucaia do Sul, entidade assistencial participante da iniciativa de dois caminhões do exército em Porto Alegre, na sede do programa. Com isso, o projeto recebeu 2.050,80 kg de tampas plásticas.
Desse modo, as mais de 2 toneladas de matéria prima foram revertidas em mais de R$5 mil reais para a instituição, usados no mantenimento da entidade assistencial.
A partir desta única entrega, o Tampinha Legal contabiliza mais de 22 toneladas recebidas desde a retomada das atividades após a enchente que assolou o Rio Grande do Sul, destinando mais de R$60 mil reais para as entidades assistenciais gaúchas.
O Tampinha Legal já acumulou mais de mil toneladas de tampas plásticas em seus mais de sete anos de atuação. Esse volume gerou mais de R$ 3,8 milhões destinados integralmente às 346 entidades assistenciais participantes.
O “tampômetro”, disponível no site e no aplicativo do Tampinha Legal, registra atualmente 848.932.871 tampas plásticas.
O programa possui 2.847 pontos de coleta espalhados pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Alagoas, Pernambuco, Goiás, Distrito Federal e Bahia.
Para Simara Souza, gerente do Instituto SustenPlást, os números impressionantes demonstram que a sociedade reconhece o valor do material plástico e a importância de seu retorno à indústria, ao mesmo tempo em que beneficia muitas famílias.
Assim, ela explica: “O Tampinha Legal continua a crescer a cada ano. Em 2023, completamos sete anos e ultrapassamos R$3 milhões em doações totalmente direcionadas às entidades assistenciais participantes. É claro que o Tampinha Legal se tornou parte da vida dos brasileiros, promovendo um novo hábito que combina solidariedade e consciência socioambiental. Devemos lembrar que o plástico é uma matéria-prima valiosa, e com o simples ato de separar uma tampa plástica, podemos melhorar a qualidade de vida de várias famílias”.
Pesquisa alemã revela como microfungos degradam plásticos
Uma pesquisa conduzida por cientistas alemães no Lago Stechlin, no nordeste da Alemanha, revelou como microfungos conseguem crescer em certos plásticos sem nenhuma outra fonte de carbono para se alimentar.
De acordo com o jornal português Sic Notícias, a pesquisa observou que alguns desses microfungos conseguem degradar polímeros sintéticos.
Para a pesquisa foram selecionados 18 tipos de fungos, entre eles quatro se mostraram particularmente “famintos”. Ou seja, eles utilizam o plástico de forma eficiente. Isso acontece, particularmente, na substância do poliuretano, utilizado para fabricar espumas em setores como a construção civil, poderia ser uma das afetadas.
Enquanto isso, o polietileno, usado na produção de sacos plásticos e materiais de embalagem, teve uma degradação mais lenta. Porém, os microplásticos resultantes do desgaste dos pneus foram os mais difíceis.
Nesse sentido, Hans-Peter Grossart, chefe do grupo de pesquisa do Instituto Leibniz, acredita que a capacidade dos fungos de utilizar o plástico trata-se de uma adaptação à abundância de carbono no ambiente.
No entanto, ele ressalta que a atividade enzimática desses fungos depende fortemente de condições externas, como temperatura e micronutrientes.
De acordo o Sic Notícias, o especialista acredita que os micro-organismos degradadores de plástico possam atuar em estações de tratamento de esgoto ou outras instalações com condições controladas.
Rock in Rio adota medidas sustentáveis
A edição de 2024 comemora 40 anos de festival, e entre as mudanças destacam-se as medidas sustentáveis. A primeira está na produção dos copos, que tornam-se retornáveis a partir desta.
Quanto à organização, a estrutura do palco conta com materiais reciclados e recicláveis. Ainda, na Cidade do Rock, os setes dias de atividades, o lixo será separado e encaminhado para
cooperativas de catadores, com o excedente enviado para a Comlurb. Assim, transformarão materiais como lonas de tendas em novos produtos, como bolsas, por exemplo.
Assim como na edição de 2022, o Rock in Rio contratará a ANCAT (Associação Nacional de Catadores) para realizar a separação dos resíduos.
Dessa forma, além da renda obtida com a venda do material reciclado, os profissionais recebem treinamentos e diárias.
Na edição anterior, 250 toneladas de resíduos foram recicladas, representando 75% do total. Em 2024 espera-se aumentar essa taxa e diminuir o volume destinado a locais inadequados.
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