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Déficit em produtos químicos avança 21,2% e totaliza US$ 5,4 bilhões no bimestre

ABIQUIM mostra como a extinção do REIQ promove insegurança jurídica na indústria em 2021

O déficit acumulado da balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 5,4 bilhões nos dois primeiros meses do ano. O valor representa crescimento de consideráveis 21,2% em relação ao mesmo período do ano passado, que havia sido de US$ 4,4 bilhões.

No primeiro bimestre de 2021, as importações de produtos químicos totalizaram praticamente US$ 7,2 bilhões, avançando 13,8% em relação ao mesmo período de 2020, no maior patamar de aquisições para os dois primeiros meses do ano em toda a série histórica de acompanhamento da balança comercial setorial.

Já as exportações, de quase US$ 1,8 bilhão, apresentaram, por sua vez, uma redução de 3,7% na mesma comparação, resultado contextualizado pelas dificuldades econômicas vividas por alguns dos parceiros comerciais brasileiros no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, especialmente Argentina e demais mercados latino-americanos, e pelo compromisso da indústria doméstica em garantir o pleno abastecimento para cadeias estratégicas de valor, como a de resinas termoplásticas, e aditivos de uso industrial.

Especificamente no mês de fevereiro, as importações de produtos químicos foram de praticamente US$ 3,7 bilhões, aumento de 24,8% em relação ao mesmo mês no ano passado e de 4% na comparação com janeiro de 2021. Já as exportações, de US$ 903 milhões, em fevereiro, cresceram respectivamente 2,2% e 1,4% em iguais comparações.

Segundo o presidente-executivo da ABIQUIM (Associação Brasileira da Indústria Química), Ciro Marino, o setor químico tem desempenhado papel fundamental na garantia de abastecimento e, na contramão da agenda de fortalecimento da competitividade da indústria brasileira. “A extinção do regime especial REIQ traz insegurança jurídica, marcando uma repentina mudança regulatória com efeito em elevação de custos já no curtíssimo prazo”.

O presidente revela que neste momento tão crítico para o Brasil, é dever alertar que, para criarmos prosperidade, precisamos das reformas estruturais rapidamente. “O fim do REIQ, entretanto, penaliza um setor estratégico e comprometido em preservar o bem-estar da população e em apoiar e abastecer várias cadeias de valor como fornecedores dos insumos básicos indispensáveis para o enfrentamento da crise em suas dimensões sanitárias, sociais e econômicas”.

Em bases anualizadas, o déficit em produtos químicos somou US$ 31,3 bilhões nos últimos 12 meses (março de 2020 a fevereiro de 2021), fazendo com que, apesar dos severos impactos no Brasil e no mundo com a pandemia do novo coronavírus, o indicador retomasse patamar comparável aos maiores déficits na balança comercial de produtos químicos, de US$ 32 bilhões e de US$ 31,6 bilhões, respectivamente nos anos de 2013 e de 2019, o qual tende a se agravar, já no curto prazo, com o fim do Regime Especial da Indústria Química (REIQ).

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