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[COVID-19]: Tempos difíceis ou custos mais justos? part.2

Acompanhe a sequência da importância de valorizar a sua indústria e os custos dos seus produtos

Continuando com o artigo da Pensei Nisso, sobre a importância da sua indústria, acompanhe a segunda parte.

  • 1. Análise da matéria-prima: é o primeiro passo para saber se o processo de transformação está gerando saldo positivo ou negativo. Saber se o preço que se está pagando pela matéria-prima é realmente o melhor valor, tenha sempre o peso certo da matéria-prima aplicado ao seu produto, essa é uma das maneiras de justificar os valores de entrada e saída da empresa. Sendo assim, comece conhecendo o quanto você gasta de material em peso médio dentro do seu processo. Este é o primeiro passo, depois faça uma avaliação do peso semanal do produto, assim você determina a amplitude e se há flutuações nesse peso, pois, ao contrário do que imaginamos, elas existem, sim e desconhecer isso pode afetar diretamente o custo da sua produção.

a) Nunca tenha apenas um fornecedor de matéria prima: tenha sempre homologados 2 ou 3 fornecedores para que você possa negociar valores. Infelizmente, se houver apenas um e este resolver impor aumentos, você ficará refém dessa situação e, caso não consiga repassar esses aumentos, suas margens ficarão menores.

b) Tenha opções de matérias primas alternativas: mesmo tendo fornecimentos de mais de um fabricante, é importante ter alternativas. Nesse caso, desenvolver materiais que possam substituir uma única opção pode dar a você a chance de driblar mais facilmente os custos e balizá-los.

c) Agregar um percentual de reciclado ou recuperado a seus produtos: o reaproveitamento é de extrema importância e pode trazer uma redução significativa nos custos de produção. Agregar os canais e peças com problemas moídas em um percentual adequado em seu produto pode ser uma opção atrativa para a redução dos custos e gerar ganhos importantes para reduzir alguns centavos no seu custo final. Mas fique atento para calcular os retrabalhos para que eles não se tornem um inconveniente e aumentem ainda mais os custos de produção. Uma boa dica é aproveitar as operações dentro do próprio processo, os operadores e funcionários já envolvidos e não agregar muitos retrabalhos a esta operação. Se você tem um moinho e um alimentador com válvula proporcional (para mistura de virgem e moído), pode usar o próprio operador da máquina nessas operações e já realimentar o processo, agregando pequenos custos, porém reduzindo o custo direto da matéria-prima. Faça testes com seu produto, avalie até que percentuais de material reciclado você pode alcançar sem alterar as suas propriedades.

d) Pese com frequência as peças que produz e avalie diariamente esta amplitude, e da próxima vez que considerar o peso médio de seu produto leve em conta esta flutuação. O peso é algo muito importante, dele você pode avaliar não só o custo direto, mas qual a amplitude de variações da sua máquina. Determine o peso mínimo e busque regular seu processo para se manter o mais próximo dele, avalie quais os principais parâmetros que podem impactar no peso e os monitore com frequência, pois tentar manter esse controle durante a produção é, no mínimo, racional, pois até variações na viscosidade e fluidez da resina podem influenciar essa flutuação.

e) Seu processo deve estar ajustado de forma a obter o menor peso de seu produto, e aí é que entra a experiencia técnica da sua equipe, conhecimentos sobre os recursos da máquina e processo de injeção. Esta é uma das partes mais complexas pois mesmo com todos os passos acima já certos, por falta de conhecimento técnico, seu processo pode estar consumindo todos os custos que você filtrou em etapas anteriores. Para isto existem cursos de especialização em fases especificas do processo. Consultores e empresas especializadas podem ajudar.

  • 2. Análise do ciclo de produção: da mesma forma que o processo pode gerar flutuações de peso, ele também pode gerar flutuações no tempo de produção das peças. Quando digo tempo, este está relacionado entre a primeira peça boa produzida e a última peça boa entregue ao final do lote da produção e não apenas ao tempo de ciclo da máquina (que pode ser garantido por um processo automático).

a) Setup: é importante e conta para que esse saldo seja positivo ou negativo. Se hoje você tem 16 horas, por exemplo, para produção, podemos considerar que este seja um tempo curto, porém se dentro dessas 16 horas há 4 horas de setup (preparação e troca de moldes), em resumo, seu processo não está nada produtivo, pois, um terço do seu trabalho está sendo desperdiçado com trocas de molde ou preparos de máquina. Portanto, você deve estudar formas mais produtivas para que ele aconteça.

b) Tempos de ciclo: esta análise é uma das mais complexas, pois depende de conhecimentos específicos de cada técnico que atua nas empresas e sabemos que muitos necessitam de cursos específicos, de escolas, empresas especializadas, cursos dos fabricantes etc. Muitas das vezes se dependem da boa vontade e da iniciativa desses funcionários, pois muitas vezes o ganho está relacionado com a qualidade efetiva da peça e comprovar que a otimização não irá afetar a qualidade do produto é uma tarefa que exige tempo e muita dedicação. É fato que as análises de ciclo podem trazer ganhos rápidos à empresa, pois afetam diretamente o custo, e esse estudo é considerado melhoria contínua entre os processos produtivos, porém devem ser feitos seguindo uma rigorosa análise de processo, relacionando suas causa e efeitos sobre cada parâmetro relacionado ao ciclo, garantindo com que estas melhorias sejam sólidas e capazes de serem mantidas ao longo de toda a produção.

c) Iniciar uma análise de ciclo exige histórico acima de tudo, é preciso conhecer muito bem cada fase do ciclo, portanto inicie seus estudos pelos parâmetros que já são consolidados em seu processo, parta sempre de algo sólido, avalie todos os aspectos de seu produto e inicie apenas quando os pontos mais críticos forem conhecidos. Um exemplo disso é quando seu produto sofre montagens posteriores, a estabilidade dimensional é um item de extrema importância dentro desse processo, não comece sua análise alterando, por exemplo, o tempo de resfriamento da peça produzida, mas sim comece com os tempos que menos incidem no processo, como tempo de fechamento e abertura do molde, e inicie a otimização por estes pontos.

d) Fases posteriores à moldagem também são importantes e cabem análises particulares em, por exemplo, operações como retrabalhos, colagens de etiquetas, embalagens entre outras, que também podem impactar no custo direto de seus produtos, portanto elas não devem ficar de fora dessa análise. Assim, é possível racionalizar as operações e acertar e ajustar os tempos de forma que essas operações atendam ou contemplem dentro dos tempos de ciclo.

  • 3. Meio ambiente, sua empresa, isto é, como é sua organização. O tipo de análise que podemos fazer de seu meio ambiente é a infraestrutura que sua empresa possui para auxiliar a produção. Essa infraestrutura não comporta apenas o espaço físico destinado à produção, mas todos os equipamentos e periféricos que nela estão dispostos e dimensionados para atender a cada máquina para transformação de plásticos instalada em sua empresa. Vemos exemplos claros, hoje, da falta de capacitação desses equipamentos e as causas e efeitos dessa má capacitação.

a) Espaço físico e layout produtivo: tudo dentro de uma empresa deve ser pensado para fluir de forma natural e escoar rapidamente para não gerar interrupções ou retrabalhos. Estudar o fluxo dos materiais, insumos e produtos acabados e sua logística dentro da empresa pode poupar pessoas e um tempo precioso, reduzindo gastos desnecessários. Avaliar para que este fluxo não se torne turbulento, cruzado ou demorado pode trazer benefícios diretos e gerar grandes economias, portanto, se puder reavaliar como funciona a logística de sua empresa e sugerir mudanças, estas serão bem-vindas.

b) Equipamentos e periféricos mal dimensionados: este é um ponto de grande discussão entre as empresas, pois depende da determinação da capacidade de seus equipamentos e dos custos gerados por essas especificações. Ter equipamentos superdimensionados ou subdimensionados pode gerar custos desnecessários e aumentá-los de forma exponencial em alguns casos, por exemplo, quando tratamos de unidades de água gelada para resfriamento de processos produtivos, podemos comprar equipamentos pequenos que de certa forma atenderão em sua plena capacidade (100%) todos os moldes de uma fábrica, porém a quantidade de energia gasta com este equipamento funcionando a capacidade plena e a chance de este parar por uma manutenção preventiva é tão grande que os custos envolvidos neste caso são muito maiores que usar dois equipamentos menores divididos para outros processos produtivos ou um equipamento maior sendo aplicado a 50% de sua capacidade.

c) Estoques: não há mais espaços para grandes estoques, atualmente manter um estoque alto é caro e dinheiro parado não traz nenhum benefício, portanto, gerir os estoques ao mínimo para atender seu cliente de forma eficiente é fundamental. Cabe uma análise crítica dos volumes mensais, semanais e diários de seus clientes para que o tempo entre a produção e os estoques sejam minimizados. Produzir racionalmente pode ser a chave para seu sucesso.

Fora os 3 M´s sugeridos desta análise, nós da Pensei Nisso podemos ajudar com a análise de mais 3M´s que são:

  • Molde
  • Método
  • Mão de Obra.

Portanto não desanime, ainda podemos garantir ganhos maiores a sua empresa. E acompanhe o final do artigo amanhã.

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