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Covestro eleva dividendos após forte desempenho de negócios em 2018

Previsões para 2019 influenciadas por maior crescimento dos volumes e margens menores

A Covestro obteve fortes resultados em 2018, mesmo com desafios crescentes ao longo do ano. Os volumes principais subiram 1,6% e as vendas totais cresceram 3,4% para 14,6 bilhões de euros. Após um quarto trimestre mais fraco, a Covestro não atingiu o patamar de lucro do ano anterior, marcado por um ambiente comercial excepcionalmente positivo. Apesar da baixa dos preços de venda, aliada a margens em declínio no segundo semestre, a Covestro gerou um EBITDA de 3,2 bilhões de euros, 6,8% abaixo do ano recorde de 2017. A receita líquida atingiu 1,8 bilhão de euros (-9,3%). Com base nesse desempenho, a Covestro planeja elevar os dividendos em cerca de 9% para 2,40 euro por ação (ano anterior: 2,20 euro). “A demanda por nossos materiais de alta tecnologia se mantém intacta. Esse é um forte alicerce para o nosso crescimento rentável no longo prazo, especialmente em um ambiente de mercado cada vez mais desafiador”, explica o CEO Dr. Markus Steilemann. 

Maior demanda e margens menores, ao mesmo tempo

Em um ano instável, a Covestro atingiu resultados sólidos também em números importantes em 2018. O fluxo de caixa operacional livre (FCO) caiu para 1,7 bilhão de euros devido a investimentos em alta. Com 29,5%, o retorno sobre o capital empregado (ROCE) ficou bem acima da média plurianual.

A dívida financeira líquida manteve o nível baixo de 348 milhões de euros no final do ano fiscal de 2018. “2018 foi um ano de sucesso para a Covestro, mesmo que, após um início forte, não tenhamos chegado perto do nosso ano recorde de 2017 no geral”, afirma o Dr. Thomas Toepfer, CFO da Covestro.

Previsões influenciadas pelo cenário competitivo

A Covestro antecipa um crescimento de meio dígito único no volume principal para 2019 como um todo. A expectativa é que o FCO fique entre 300 e 700 milhões de euros, enquanto a projeção para o ROCE é de 8% a 13%. Devido à elevada pressão competitiva, a Covestro espera registrar entre 1,5 e 2,0 bilhões de euros de EBITDA. No primeiro trimestre de 2019, antecipa-se cerca de 440 milhões de EBITDA.

Investimentos garantem crescimento no longo prazo

Em 2018, a Covestro deu passos estratégicos importantes para reforçar ainda mais a posição do Grupo perante a concorrência. Um elemento-chave são os investimentos a serem feitos em segmentos de crescimento rentável.

O Grupo pretende construir uma nova planta de escala mundial para produzir o precursor de espuma rígida MDI em Baytown, Texas (EUA). Outro exemplo é a expansão das atividades produtivas da área de filmes especializados, que oferece altas margens, em quatro unidades no mundo.

Simultaneamente, o objetivo é diversificar o portfólio do Grupo para garantir independência ainda maior de flutuações cíclicas. Hoje, a Covestro gera mais de 50% das vendas do Grupo com negócios resilientes.

Foco reforçado em eficiência e eficácia

Por meio de um programa lançado em 2018, a Covestro aumentará seu foco na eficácia e na eficiência no futuro. Até no máximo 2021, estima-se que a economia de custos será da ordem de 350 milhões de euros por ano, com a meta de limitar o aumento dos custos operacionais.

Esse objetivo será atingido principalmente com a intensificação de parcerias entre divisões e do uso de soluções digitais. Medidas iniciais serão implementadas nos próximos meses: será montado um departamento centralizado de marketing para consolidar as funções globais de marketing e comunicação dos segmentos.

Transformação digital ganha forma

Desde 2017, a empresa vem consolidando todas as atividades digitais no programa estratégico Digital@Covestro, com o objetivo de avançar na transformação digital do Grupo. Sucessos iniciais já se evidenciaram nos últimos meses, como a expansão de canais de vendas e marketing e o desenvolvimento de novas plataformas online de vendas.

Desde 2018, uma equipe global de pesquisa e desenvolvimento está trabalhando para o desenvolvimento mais rápido e eficiente de aplicações, com o auxílio de sistemas informatizados de alto desempenho. Novas soluções de software para manutenção e reparo de equipamentos foram desenvolvidas na produção.

Recompra de ações concluída

Em 2018, a Covestro deu continuidade ao programa de recompra de ações iniciado no ano anterior. A companhia adquiriu ações em três etapas, totalizando mais de 9,8% do capital social e quase 1,5 bilhão de euros.

Assim, considerando também os dividendos pagos, a Covestro ofereceu aos acionistas um retorno total de cerca de 1,7 bilhão de euros no último ano fiscal. Para a próxima Reunião Geral Anual, a diretoria planeja propor uma nova autorização para adquirir ações em tesouraria no montante de até 10% do capital social.

Crescimento de volume em todos os segmentos

O segmento de poliuretanos registrou desempenho estável nos volumes principais vendidos em 2018 com modesto crescimento de 0,8%. Em comparação com 2017, o EBITDA caiu 19,1% para 1.763 milhões de euros.

 Apesar da alta nos volumes totais e nos preços médios de venda que elevou os lucros no ano completo, essas elevações não foram capazes de compensar os efeitos negativos da concorrência cada vez mais intensa, especialmente no quarto trimestre de 2018. Além disso, houve efeitos positivos não recorrentes no ano fiscal de 2017, razão pela qual havia expectativa de queda do EBITDA em 2018.

Os volumes principais em policarbonatos subiram 3,0%. O EBITDA cresceu 21,5% para 1.036 milhões de euros. Uma tendência geral de margens positivas e aumento dos volumes totais elevou os lucros, assim como os recursos provenientes da venda do setor de chapas nos EUA. Ao longo do quarto trimestre de 2018, os lucros sofreram o impacto de um ambiente competitivo cada vez mais desafiador.

Os volumes principais no segmento Revestimentos, Adesivos e Especialidades subiram 2,5%. A alta nos preços de matérias-primas e os efeitos negativos do câmbio exerceram pressão sobre o EBITDA, que caiu 4,5% para 464 milhões de euros.

Concorrência intensificada e despesas excepcionais no quarto trimestre

No quarto trimestre de 2018, a Covestro atingiu um crescimento de volume de 1,7%. Ao mesmo tempo, o ambiente de mercado tornou-se significativamente mais desafiador. As vendas totais cederam 7,1%. Além da competição intensificada, efeitos não recorrentes como a alta dos custos de logística causadas pela baixa no nível do rio Reno e despesas relacionadas ao programa de eficiência em curso geraram impacto negativo. Como resultado, o EBITDA caiu 66,7% para 293 milhões de euros. A receita líquida caiu 86,0% para 79 milhões de euros (4º tri de 2017: 566 milhões de euros). Com 363 milhões de euros, o FCO ficou 44,6% abaixo do número do trimestre do ano anterior (655 milhões de euros).

Fonte: Covestro

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