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Conscientizar a cadeia do plástico é desafio para os próximos anos

Executivo da Braskem, Edison Terra, traz oitos pilares em prol da Economia Circular para Feiplastic

O Portal Plástico Virtual participou de um bate-papo com o vice-presidente da Unidade de Poliolefinas América do Sul e Europa da Braskem, Edison Terra, com jornalistas durante a Feiplastic 2019 sobre a presença da empresa na feira, e seu posicionamento em prol da Economia Circular.

O compromisso público foi assumido em novembro de 2018, e traz oito pilares de iniciativas para toda a cadeia do plástico. “O objetivo da Braskem trazendo esse tema para a Feiplastic é ampliar a discussão, tentando sensibilizar a cadeia como um todo”, comentou.

Segundo Terra, apenas 22 a 25% do material plástico inserido no mercado brasileiro é reciclado. “Um dos nossos focos é garantir que toda a cadeia entenda a importância da reciclagem, e esse número cresça, dando espaço, e matéria-prima para recolocar no mercado”, contou.

O conceito de resinas recicladas está no radar da empresa há menos de 24 meses. Antes disso, a Braskem não tinha em sua receita nenhum número que sustentasse o investimento dentro do mercado reciclável. Hoje, segundo Edison Terra, a comercialização de resinas recicladas não chega a 5% do faturamento da empresa, mas já demonstra o interesse da cadeia no produto, deixando de lado o preconceito. “Hoje a gente já incorporou algumas resinas recicladas em nosso portfólio, só que nosso foco é viabilizar que o produto seja recuperado e reciclado lá na frente”.

Sobre a demanda de novas alternativas para o plástico, Terra mostra otimismo. “A gente sempre conheceu as vantagens do plástico, dos benefícios que ele traz, e a gente (cadeia produtiva) sempre teve convencido de que eles falavam por si só, e nós últimos meses passamos a prestar atenção na questão do resíduo, e isso chamou a atenção da indústria. Sou otimista e acredito que vamos encontrar soluções técnicas, visto que faz muito pouco tempo que falamos sobre o assunto e destinamos esforços para encontrar outros caminhos”, completou.

Mais do reciclar, é preciso pensar em outras alternativas

Há mais de dez anos, a Braskem introduziu em seu portfólio a resina feita a partir de matéria-prima renovável, o PE Verde, polietileno produzido a partir do etanol da cana de açúcar. “A Economia Circular é pensada na empresa há mais de dez anos com a criação do PE Verde, com a entrada da cadeia produtiva do plástico”, comentou Terra.

Atualmente existe uma necessidade da sociedade em lidar com o resíduo. “A gestão dos resíduos desde a coleta até a destinação correta é o foco do momento. Em função disso, criamos, em 2017, algumas estratégias e programas voltados para a Economia Circular”, explicou.

O primeiro ponto destacado pelo executivo é melhorar o acesso à matéria-prima, fazendo parcerias com empresas que fazem a gestão desses resíduos, investindo nos resíduos que estão indo para o aterro e os transformando. “A maior dificuldade de quem faz a reciclagem desses resíduos é o acesso à matéria-prima, por isso se tornou nosso ponto de partida”.

O segundo ponto passa pela reciclagem em si, que hoje está associada ao baixo custo e baixa qualidade. “É aí que a Braskem entra. A equipe técnica desenvolve processos e soluções para melhorar a qualidade técnica do produto final”, contou.

O terceiro pilar passa por campanhas educativas e de engajamento com a sociedade em geral. “Tem o lado de educação ambiental, mas tem o lado também de angariar parcerias para essas iniciativas. Com esses pilares a gente fecha a cadeia, e esse modelo pode ser replicado por qualquer um que esteja interessado”, contou.

Para Edson Terra, atualmente não basta mais oferecer o melhor produto para o cliente. “Não é só oferecer a melhor solução dentro da necessidade do cliente. É preciso pensar no descarte dessa embalagem e em como esse resíduo será trabalhado e reinserido no mercado. Nenhum elo da cadeia faz nada sozinho. É preciso pensar em conjunto”, concluiu.  

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