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Conheça o projeto que irá embarcar em uma viagem ao redor do mundo contra a poluição do oceano

Projeto visa a aumentar a reciclagem de plásticos e torná-la uma fonte de sustento em comunidades de países onde o plástico abunda como resíduo e não como recurso

O Plastic Odyssey é um projeto, uma expedição de 3 anos ao redor do mundo que visa combater a poluição nos oceanos, além de documentar iniciativas existentes e desenvolver novas.

Plastic Odyssey é um navio de exploração científica de 40 metros, antiga embarcação oceanográfica, foi transformada em laboratório de combate à poluição por plásticos e levará a bordo um pequeno centro experimental móvel de reciclagem, além de um espaço portátil para realizar experimentos em terra com os moradores locais a cada escala.

O projeto tem o objetivo de aumentar a recuperação e reciclagem de plásticos em áreas com infraestrutura inadequada de gerenciamento de resíduos, e fazê-lo de forma econômica e com baixa tecnologia, levando o desenvolvimento de modelos econômicos de empreendedorismo social para criar valor e empregos enquanto se limpa o meio ambiente.

São 2 anos de preparação, com meta de 30 países a serem visitados em três continentes, tendo 3 semanas de ação por escala. O time conta 20 pessoas a bordo, uma equipe em terra, um comitê de especialistas e cientistas e mais de 10.000 defensores em todo o mundo.

Simon Bernard, é o capitão do navio e foi um dos 30 jovens com menos de 30 anos a serem escolhidos pela Forbes em 2021, considerado um ‘’visionário’’ no setor social por ter ideias inovadoras que podem contribuir positivamente para um mundo melhor.

O capitão diz em uma entrevista que a única maneira real de resolver o problema é recolher o plástico enquanto ainda está no solo, e oferecendo incentivos para que as pessoas o façam. Com o Plastic Odyssey, sem fins lucrativos, o jovem fornece esse incentivo através de ferramentas que permitem a reciclagem e a reciclagem pode, de fato, ser uma fonte de sustento para comunidades de países onde o plástico abunda como resíduo e não como recurso.

Os plásticos não recicláveis são transformados em combustíveis para fornecer energia aos motores do navio, isso devido a uma máquina de pirólise de bordo, sistema esse que produz entre 30 e 40 litros de combustível por hora.

A expedição conta com o apoio da L’Occitane en Provence, a multinacional francesa de cosméticos, que pretende “participar no desenvolvimento de uma nova economia”, de acordo com as declarações da marca.

Adrien Geiger, diretor internacional da marca reforça que diante da emergência ambiental, as empresas não podem mais apenas reduzir o seu impacto, mas também são uma força considerável na procura de soluções concretas para reparar os danos causados ​​à natureza.

Reciclar plástico é a bandeira da Plastic Odyssey, a partir de máquinas construídas com base em tecnologia open source, ou seja, em código aberto e disponível para todos. O sistema de equipamentos que a Plastic Odyssey vai demonstrar e recomendar é uma linha de trituração, lavagem e extrusão isenta de patentes. Ele foi projetado para ser o menos tecnológico possível, de modo que pode ser instalado e mantido por não especialistas.

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