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Como a indústria tem atuado para se tornar mais sustentável?

Companhias de todo o mundo tem evitado o uso da matéria-prima virgem e investido no reaproveitamento desse material

Companhias de todo o mundo tem evitado o uso da matéria-prima virgem e investido no reaproveitamento do plástico

Sendo uma matéria-prima responsável por um desenvolvimento econômico sem precedentes, não tem como vislumbrar um mundo sem plástico. Isso porque, se trata de um produto barato, fácil de produzir e extremamente versátil, que também tem sua função ambiental.

Quem afirma isso é o professor Ítalo Braga Castro, do Instituto do Mar da USP. Além de concordarem com essa afirmação, o mercado afirma que o consumo vai aumentar. “As placas de energia solar, por exemplo, são feitas de plástico”, ilustra o presidente-executivo da ABIPLAST, Paulo Teixeira. 

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De acordo com dados da entidade, a produção brasileira de plásticos somou, no ano passado, 6,7 milhões de toneladas, 6,1% menor que em 2021, e o faturamento caiu 4%, totalizando R$117,5 bilhões. 

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A princípio, os maiores consumidores foram a construção civil, com 25,4% do total produzido, e a indústria de alimentos, com 21,9%. “Estamos falando de um material que está em 95% da matriz industrial mundial, com aplicações que vão de foguetes a baldes.”

matéria-prima virgem

Medidas para tornar o uso de plástico saudável

Nesse sentido, produtores e consumidores trabalham para reduzir de forma significativa o plástico de uso único, ou os descartáveis.

Como copinhos e embalagens de alimentos para consumo imediato – que respondem por 70% de todo plástico produzido no mundo.

Assim, outra estratégia tem sido aumentar os percentuais de reciclagem.

É o que vem fazendo a Unilever. A meta global da companhia, uma das maiores produtoras de bens de consumo do mundo, é diminuir em 50% o uso de plástico virgem.

Assim, o objetivo é utilizar 25% de plástico reciclado nas embalagens até 2025 – esta última foi alcançada no Brasil no ano passado. 

Suelma Rosa, head de reputação e assuntos corporativos da empresa, afirma que o pulo do gato vai desde ajudar a cadeia fornecedora a buscar inovação até a incorporação de novos materiais, redução dos volumes de plásticos utilizados e entregar o mesmo produto em embalagens econômicas.

Ela explica: “Como o ciclo de inovação demora entre três e cinco anos, nossos contratos são de longo prazo para que os fornecedores possam ganhar escala”.

Com uma outra estratégia, a GetNet comprou, em 2021, a Mobyan, empresa de logística que recolhe as maquininhas POS (de Point of Sale, na sigla em inglês), em todo o país, e envia para os fabricantes fazerem a reciclagem. 

De acordo com Fabrício Santos Moreira Chaves, vice-presidente de operações da companhia, algo entre 70% e 80% da composição das máquinas é plástico. “Só a GetNet tem cerca de 2 milhões de POS no mercado”. 

Chave ainda afirma que “hoje, 85% das nossas máquinas usam insumos reciclados e já comunicamos nossos fornecedores de que, a partir de 2025, POS sustentável passa a ser requisito para compra.”

Falta de estrutura para logística reversa

Enquanto o quilo de uma latinha de alumínio rende, em média, R$5 para o catador, o quilo do plástico não chega a R$1. O que configura um grande problema de estrutura na logística reversa do Brasil.

Miguel Paranaguá, diretor de operações no Brasil da Plastic Bank, afirma: “Falta infraestrutura para a logística reversa, precisa aumentar o percentual de itens reciclados no produto final. Além disso, também falta incentivo para que os coletores retirem o plástico do meio ambiente para a conta pode fechar”.

A princípio, a empresa de Paranaguá é de impacto social com 5 mil catadores cadastrados nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Assim, subsidia o trabalho dos coletores, por meio de parceria com empresas privadas como 3M, Coca-Cola e Henkel, entre outras.

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