CNI revela queda no índice de situação financeira das pequenas indústrias
O índice que avalia a situação financeira das indústrias de pequeno porte registrou uma queda de 42,8 para 42 pontos entre o 3º e o 4º trimestre. Na última segunda-feira (03) a CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgou por meio do PPI (Panorama da Pequena Indústria) que a percepção dos empresários sobre as finanças das empresas piorou.

O indicador leva em consideração aspectos como a margem de lucro operacional e a facilidade de acesso ao crédito. Sendo estes, fatores que, segundo os entrevistados, impactaram negativamente a situação financeira das pequenas indústrias.
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Enquanto isso, o índice de desempenho das indústrias de pequeno porte caiu de 47,5 pontos no 3º trimestre para 46,8 pontos no 4º trimestre. Apesar dessa diminuição, a CNI avalia o resultado como positivo, pois ele continua acima da média histórica de 44 pontos. Bem como da marca de 45,9 pontos registrada no 4º trimestre de 2023.
Assim, a CNI avalia o desempenho da pequena indústria com base na ponderação de fatores como volume de produção, número de empregados e utilização da capacidade instalada em comparação com a média usual. Quanto maior o índice, melhor o desempenho das empresas.
Os principais problemas
A alta taxa de juros foi o principal problema que cresceu na avaliação dos empresários das pequenas indústrias da construção.
No 3º trimestre, ela estava na terceira posição, com 24,2% de menções. Mas no 4º trimestre esse número subiu para 34,7%, fazendo com que o problema passasse para o primeiro lugar da lista. A carga tributária elevada ficou em segundo lugar, com 33,9%, enquanto a competição desleal apareceu em terceiro, com 23,7%.
No setor de pequenas indústrias de transformação, os maiores obstáculos apontados foram a alta carga tributária (39,9%), a falta ou o alto custo de mão de obra qualificada (26,9%) e a escassez ou o alto custo da matéria-prima (23%). O maior aumento de preocupações entre o 3º e o 4º trimestre foi com a taxa de câmbio, que subiu de 7,7% para 19,6% das empresas afetadas.
ICEI volta a menor nível desde 2020
Em janeiro, o ICEI das pequenas indústrias registrou uma queda de 2,8 pontos em relação a dezembro, marcando a quarta redução seguida. Desde setembro, o indicador acumula uma perda de 5,2 pontos, chegando a 46,8 pontos em janeiro, o menor valor desde junho de 2020.
Nesse sentido, a CNI informou que o índice de perspectivas das pequenas indústrias, que reflete as expectativas para os próximos seis meses, teve uma variação mínima de +0,1 ponto em janeiro, atingindo 48,2 pontos.
Esse valor está bem perto da média histórica de 46,9 pontos, sugerindo uma leve desaceleração no otimismo das empresas.
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