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Casas de plástico resistentes a furacões

Os abrigos para refugiados feito com plástico diferenciado, já resistiram a tempestades quando outras estruturas próximas não resistiram

Refugiados de rohingya, que fugiram por causa da perseguição em Mianmar, começaram a testar abrigos construídos com um novo plástico. Ele é acessível, produzido à base de plantas, fabricado localmente e ainda dura mais. 

Essa invenção está sendo usada nos campos de refugiados que ficam perto da costa de Bangladesh.

Quando um tufão atingiu a região, em 2022, essas novas casas não foram danificadas, ao contrário de outros barracos próximos.

Segundo Alex Blum, CEO da startup Applied Bioplastics, o material é barato e não requer energia para ser produzido nem treinamento ou equipamento especializado. “Apenas alguns produtos químicos comuns no mercado”.

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Assim, ele afirma que pode-se criar moradias baratas para milhões de pessoas de forma ecologicamente correta e digna. “Não estamos falando de tendas; estamos falando de casas”, garante.

Sobretudo, Blum viajou para Bangladesh para fazer um filme sobre a crise dos refugiados. Lá, conheceu um cientista que vinha desenvolvendo o material há mais de duas décadas.

O inventor, Mubarek Ahmad Khan, “é um químico, não um homem de negócios. “Ele não conseguiu comercializar o produto sozinho”, conta Blum, que acabou convencendo Khan a deixar a Applied Bioplastics trazê-lo para o mercado.

A princípio, o projeto básico é muito simples. Uma planta cultivada localmente, a juta, é tecida em uma fibra áspera, pintada com resina plástica e aquecida em um molde que forma paredes ou telhados resistentes em cerca de uma hora.

Dessa forma, o material resiste ao calor, tornando as casas bem mais frescas do que tendas ou abrigos feitos de materiais como estanho. 

Além de ser forte o suficiente para resistir a um tufão e, ao contrário de lona, não pode ser facilmente cortada por ladrões ou invadida por ratos.

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Casas que podem durar décadas

Em teoria, as casas construídas com esse material podem durar décadas, embora também possam se facilmente desmontadar, movidas e reconstruídas se um acampamento temporário tiver que fechar. 

Isso porque, o material também pode ser triturado e reciclado em novo plástico.

Cultivar a fibra, tecê-la e fazer paredes e telhados: todos esses processos podem ser feitos localmente, ajudando uma economia em dificuldades.

Bem como, potencialmente, aliviando parte do ressentimento que alguns moradores sentem em relação aos recém-chegados.

Assim, construir uma casa de 45 metros quadrados, que pode abrigar uma família de até 10 pessoas, custa cerca de US$ 1 mil. 

Depois de um teste piloto de um ano em seis casas, junto com a organização sem fins lucrativos, Caritas e com a organização de pesquisa em saúde International Center for Diarrheal Disease Research (Centro Internacional de Pesquisa sobre Diarreia), a Applied Bioplastics está agora em negociações com a ONU para construir mais unidades.

Blum diz que sua empresa não está tentando lucrar com o projeto e o novo plástico. Porém, essa mesma tecnologia básica pode se usar para fazer um plástico de baixo teor de carbono.

Isto é, sendo parcialmente à base de plantas, chamado BioFi, que a Blum está tentando vender para produtores de plásticos como sua principal linha de produtos.

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