Bioplásticos na indústria
Os bioplásticos são classificados em três categorias principais, cada uma com diferentes fontes e métodos de produção, suas aplicações também variam
Bioplásticos na indústria
Os bioplásticos estão no centro de um debate cada vez mais relevante sobre sustentabilidade na indústria do plástico. Sua produção a partir de fontes renováveis, a ausência de geração de gases de efeito estufa e a capacidade de biodegradar em um tempo significativamente menor os colocam como uma alternativa promissora aos plásticos convencionais.
Há décadas estudiosos conduzem pesquisas sobre esses tipos de polímeros, no entanto, ainda não existe uma concordância quanto a terminologia e aplicações.
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Nesse sentido, a IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada) faz uma distinção importante entre biopolímeros e bioplásticos. De acordo com a entidade, a produção dos biopolímeros vem inteiramente de fontes renováveis, enquanto bioplásticos derivam parcial ou totalmente dessas fontes.
A IUPAC desencoraja o uso do termo bioplástico, sugerindo substituí-lo por “polímeros verdes” ou “biobaseados” para evitar a falsa percepção de que todos os bioplásticos são biodegradáveis. Porém, ao longo dos anos os dois termos aparecem como sinônimos.
Classificações de bioplásticos
Os bioplásticos podem ser classificados em três categorias principais, dependendo de sua origem e método de produção:
Classe A: Produzidos diretamente a partir de biomassa, como amido, celulose, proteínas e aminoácidos. Esses bioplásticos são biodegradáveis e são amplamente utilizados na fabricação de embalagens flexíveis e na agricultura.
Classe B: Biossintetizados por meio de bactérias, com exemplos como polihidroxialcanoatos (PHAs) e ácido polilático (PLA). Estes além de biodegradáveis têm aplicação em embalagens flexíveis e rígidas, além de alguns bens de consumo.
Classe C: Preparados a partir de monômeros de origem biológica. Exemplos incluem o bio-polietileno (PE) e o tereftalato de bio-polietileno (PET), utilizados em embalagens rígidas e flexíveis, que não são biodegradáveis. Outros exemplos, como o tereftalato de adipato de polibutileno (PBAT) e o succinato de polibutileno (PBS), se encaixam como biodegradáveis e usados em embalagens e na agricultura.
À medida que cresce a conscientização e a demanda dos consumidores por embalagens mais sustentáveis, as empresas vem desenvolvendo biopolímeros com grande capacidade de integração à indústria tradicional de plásticos sem a necessidade de adaptação do maquinário existente.
Até então, as principais aplicações desses biopolímeros incluem embalagens de alimentos, sacolas, filmes agrícolas e produtos de consumo.
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