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Biodegradável só na propaganda

ABIPLAST se posiciona contra os aditivos oxibiodegrantes. Posição da entidade endossa o que foi dito pela Fundação Ellen MacArthur

A ABIPLAST (Associação Brasileira da Indústria do Plástico) endossa, em conjunto com outras 150 entidades de todo o mundo, o posicionamento da Fundação Ellen MacArthur, que pede o banimento dos produtos com aditivos oxibiodegradantes incorporados. Segundo a entidade, os compostos supostamente possibilitariam a decomposição completa do plástico no meio ambiente, “mas recentes análises trazem evidências de que os aditivos levam mais tempo do que o propagandeado para degradar o material e, na verdade, apenas o transformam em micropartículas”.

Trata-se de um movimento global entre grandes empresas, associações e organizações ambientalistas e cientistas que querem levar ao consumidor final que, apesar da propaganda, trocar sacolas e canudos comuns por “biodegradáveis” não é uma escolha boa para o meio ambiente.

Publicado pela iniciativa Nova Economia do Plástico (New Plastics Economy, em inglês) no final de 2017, o posicionamento esteve fora do ar nos últimos meses devido à disputa judicial com um fabricante e para a realização de novas investigações sobre os oxibiodegradantes. Com a revisão das evidências, uma nova versão do documento foi divulgada nos últimos dias, com o endosso de membros do Parlamento Europeu e de organizações como PepsiCo, Unilever, Greenpeace e WWF (World Wildlife Fund).

Em 2015, após estudos e análises sobre a composição e ação dos aditivos pró-degradantes, a ABIPLAST realizou um evento para debater o tema, que contou com a participação de especialistas das Universidades Mackenzie, de Caxias do Sul e Federal de Minas Gerais e do CETEA/ITAL. “Com base nos estudos apontados, e em parceria com a Câmara Nacional do Recicladores de Materiais Plásticos (CNRPLAS), a entidade lançou um comunicado se posicionando contra a utilização desses aditivos. Isto porque, além de não serem biodegradáveis de fato, eles ainda prejudicam e inviabilizam o processo de reciclagem do material plástico”, aponta o documento.

Desde então, a ABIPLAST trabalha contra a rotulagem ambiental dada pela ABNT Certificadora a esses aditivos no Brasil. Em novembro de 2017, a entidade assinou pela primeira vez o relatório divulgado globalmente pelo programa New Plastics Economy, da Fundação Ellen MacArthur, pelo banimento desses aditivos.

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