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Banir é o caminho?

Muito se fala sobre banir a produção e comercialização do canudinho plástico, mas já pararam para pensar em todos os pontos que isso pode acarretar?

Ao longo do tempo, o baixo custo do plástico o transformou em vilão do meio-ambiente. Fala-se sobre o pós-consumo, sobre a destinação do canudo após o uso (muitas vezes único), e que a quantidade de material descartado incorretamente é enorme e o grande vilão da poluição do meio ambiente.

Com toda essa onda de projetos de lei voltados ao banimento do canudo em cidades grandes como Rio de Janeiro, Campinas e São Paulo, muito foi falado na economia dos resíduos plásticos inseridos no meio ambiente, mas pouco foi dito sobre a conta que essa ação causará nos bolsos de todos, especialmente dos empresários.

Com o banimento dos canudos será notório que algumas empresas especializadas na produção dos materiais terão que reduzir seu pessoal, gerando ainda mais desempregos, impactando na economia.

Outro ponto a ser levado em consideração é com a comercialização dos outros tipos de canudos. Podemos listar alguns materiais que já são comercializados como o bambu, metal, vidro, macarrão, papel e outros tipos, sempre com o mote comercial de que farão a diferença para a questão ambiental. Só que é preciso olhar para trás e pensar em outro ponto importante: motivo.

Qual o motivo do plástico ter sido tão difundido e usado a tantos anos é sua facilidade de produção, garantia de higiene e preço. Será que um canudo de bambu é higiênico, ou sua propriedade porosa não traz risco de contaminação a longo prazo?

O canudo de metal é o mais comercializado, mas seu peso e sua produção aguentam a larga escala que uma demanda alta exige? Qual a logística utilizada para seu transporte, e qual o valor agregado que um produto desse material trará para restaurantes, bares e outros estabelecimentos?

Será que penalizar a indústria que gera empregos e movimenta economia como a dos transformadores plásticos é o caminho ideal, ou a solução pode ser mais trabalhosa e com resultados mais assertivos?

O canudo não chega no oceano sozinho. A gente sabe que é o pós-consumo que o leva até o fundo do mar. A educação ambiental deixou de ser tema extra para se tornar necessário para garantir que o meio ambiente seja preservado.

O plástico não é o único vilão, senão veríamos apenas produtos desse material sendo depositados em locais inapropriados. Mas não é bem assim, não é mesmo? É só dar uma caminhada na orla da praia depois de um domingo quente de verão para encontrar bitucas, garrafas de vidro e tantos outros dejetos que poluem na mesma proporção que o canudo.

O que é preciso levar em consideração também é que o plástico possui características e aplicabilidades para o material reciclado. É possível ver, em muitos setores, produtos feitos a partir de resinas recicladas.

As indústrias de transformadores plásticos já olham para esse cenário a anos com foco em resolver o assunto. Será que outros materiais tem a mesma aplicabilidade e solução para o pós-consumo?

Continuamos com a convicção de que o plástico não é o vilão do mundo. É o conjunto de ações que envolvem toda uma cadeia produtiva que se torna responsável pelo material. Aqui sempre daremos espaço para as iniciativas de indústrias que sejam sustentáveis e de acordo com o propósito por um mundo mais limpo, pois acreditamos que é a união de esforços que trará resultados concisos e eficientes a longo prazo, não o banimento.

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