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Balanço comercial: déficit nas exportações de insumos nacionais

O artigo de Fernando Alves explica o déficit na indústria química brasileira, que é maior que no período pré-pandemia e supera o recorde estabelecido em 2021

Por Fernando Alves do Brasil 61

O déficit na balança comercial de produtos químicos totalizou US $63 bilhões em 2022. O valor é o dobro do registrado em 2019, período anterior à pandemia de COVID-19, quando o déficit foi de US $31,5 bilhões, segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). O total também superou o recorde de US $46,2 bilhões estabelecido em 2021. 

Nesse sentido, para a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna, o Brasil precisa de políticas públicas para aumentar a competitividade da indústria

Ela sinaliza que: “Temos uma questão estrutural, temos que resolver alguns problemas relacionados ao Custo Brasil, em especial, o custo das matérias-primas, energia. Mas, sobretudo, precisamos que o governo coloque um olhar sobre a indústria nacional, pense em políticas de longo prazo, políticas de Estado que devolvam a competitividade ao setor e que atraiam investimentos”.

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A princípio, o setor químico é responsável por fornecer insumos essenciais para diversas atividades econômicas, como agropecuária, transporte, construção civil, saúde e higiene.

Quando as importações superam o valor  das exportações, significa que a balança comercial apresentou um déficit. É o caso da indústria química. 

Isso porque, em 2022, o Brasil importou US $80,3 bilhões em produtos químicos, recorde da série histórica iniciada em 1989. 

Esse valor total equivale à aquisição de 57,4 milhões de toneladas de produtos. Por outro lado, as exportações registraram um total de US $17,3 bilhões. 

Saldo das exportações nacional

Apesar de um crescimento de 19,5% na comparação com a balança comercial de 2021, o montante exportado é bem inferior ao total de importações. De acordo com a Abiquim, em termos de quantidades físicas, foram movimentadas 15,6 milhões de toneladas para os mercados de destino, uma redução de 3,4%.

Assim, tendo reduções consideráveis nos volumes exportados de aditivos de uso industrial (-15,7%), de produtos petroquímicos básicos (-30,8%) e de resinas termoplásticas (-2,4%). 

Na comparação com outros mercados, o país registrou superávit em relação a países vizinhos na América Latina.

No entanto, ficou bem atrás de América do Norte e União Europeia que, juntas, somaram um déficit aproximado de US $25 bilhões. Isso enquanto na Ásia o valor foi de US $22 bilhões. 

Dessa forma, segundo o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), o saldo comercial brasileiro em 2022 foi de US $62,3 bilhões. 

O país exportou US $335 bilhões e importou US $272 bilhões. Nesse sentido, os dados apontam que o setor agropecuário teve o maior crescimento no ano no valor exportado. 

A Indústria de Transformação também teve aumento. Já a Indústria Extrativa apresentou redução do valor exportado.

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