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Bactérias e fungos ajudam a decompor plástico, material de construção com plástico reciclado e Atibaia em destaque sustentável

Plástico pelo mundo: Fique por dentro das principais notícias e curiosidades do plástico pelo mundo. Pesquisas analisam a capacidade de bactérias e fungos na decomposição de plásticos. Material de construção destaca-se por ser feito com plástico reciclado proveniente da indústria automotiva. Atibaia se destaca por progresso no setor de reciclagem, destacando a produção de mais de 1,1 milhão de toneladas de plásticos reciclados pós-consumo

Bactérias e fungos ajudam a decompor plástico, material de construção com plástico reciclado e Atibaia em destaque sustentável

Bactérias e fungos podem ajudar na reciclagem de resíduos plásticos

Cientistas do Instituto de Tecnologia de Kyoto, no Japão, liderados pelo microbiologista Kohei Oda, desenvolveram um estudo sobre bactérias que se alimentam de plástico, publicado na revista Science. Nesse sentido, os autores explicam que a nova espécie, chamada Ideonella sakaiensis, decompõe o plástico utilizando duas enzimas que hidrolisam o PET (tereftalato de etileno).

Recentemente, cientistas descobriram que essas bactérias têm a capacidade de considerar o plástico como sua única fonte de energia e alimento. Isso porque elas decompõem resíduos de petróleo por meio de suas enzimas, beneficiando tanto a si mesmas quanto aos humanos. 

Contudo, desde o estudo inicial, publicado em 2016, ainda não se conseguiu desenvolver um sistema eficiente de reciclagem de plástico com base nessa descoberta.

Além dessa descoberta, cientistas também encontraram um tipo de cogumelo chamado Aspergillus tubingensis que possui uma característica única: ele consegue se alimentar de plástico. 

Assim, cientistas dos Reais Jardins Botânicos de Kew, no Reino Unido, sugerem a própria natureza para lidar com o descarte incorreto de resíduos plásticos. Embora a investigação ainda esteja em fase inicial.

A instituição elaborou o relatório “State of World’s Fungi”, o primeiro do tipo, reunindo informações sobre cogumelos e suas funções, benefícios e ameaças ao ecossistema. 

Entre os destaques está o Aspergillus tubingensis, um fungo capaz de decompor, em semanas, o poliuretano, um tipo de plástico comum em isolamento de arcas congeladoras e couro sintético, que normalmente leva anos para se decompor. 

Assim, essa habilidade especial dos fungos permitirá que cientistas ajudem a resolver a questão do descarte incorreto. Além do Aspergillus tubingensis, o estudo menciona também uma lagarta, uma enzima e um fungo que vive na costa portuguesa.

Material de construção de plástico reciclado ajuda na redução da pegada de carbono

Pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, estão desenvolvendo um material de construção com plástico reciclado. Com aparência de painéis modulares pretos, usados para cobrir fachadas de prédios, eles se assemelham ao concreto ou à pedra. Feito de plástico reciclado, a matéria-prima vem da indústria automotiva de Detroit.

Nesse sentido, o painel conhecido como Post Rock funciona como um protótipo de material de construção que promete reduzir consideravelmente a pegada de carbono dos edifícios. Em exibição no Craft Contemporary, em Los Angeles, ele busca mitigar o impacto ambiental da construção civil ao reutilizar resíduos provenientes de outras indústrias.

Meredith Miller e Thom Moran, professores de arquitetura da Universidade de Michigan e responsáveis pelo conceito, desde 2015, exploram formas de reciclar plásticos descartados em novos materiais de construção.

Em relação à inspiração, os pesquisadores revelam que a ideia surgiu dos plastiglomerados, rochas formadas no oceano a partir da combinação de resíduos plásticos, areia e outros detritos.

Com isso, Miller e Moran iniciaram testes para utilizar resíduos plásticos como base na criação de objetos arquitetônicos, resultando em materiais que lembram rochas, um dos primeiros recursos usados na arquitetura. 

Essa descoberta os levou a considerar o plástico como uma alternativa a materiais tradicionais, como o mármore, para revestimentos de edifícios, explorando a coloração do material.

Assim, utilizando um processo patenteado de termoformagem, que derrete plásticos e um braço robótico para moldá-los, eles transformam resíduos em painéis sólidos com padrões coloridos. Com apoio da National Science Foundation, Miller, Moran e o especialista em fabricação Christopher Humphrey estão testando diferentes tipos de plásticos para encontrar os mais adequados em estética e desempenho, e agora trabalham para levar essa ideia ao mercado.

Avanço da reciclagem em Atibaia 

Em 2022, Atibaia atingiu um marco significativo no setor de reciclagem, com a produção de mais de 1,1 milhão de toneladas de plásticos reciclados pós-consumo. Assim, representando um aumento de 46% nos últimos cinco anos. O PICPlast (Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico) divulgou esses números e destacou que ainda há grande potencial de crescimento. Uma vez que apenas 25,6% dos resíduos plásticos gerados no Brasil foram reciclados.

Sendo assim, a Lar Plástico destaca-se, em Atibaia, por contribuir com esse avanço. A empresa, especializada na reciclagem de polipropileno e polietileno de alta densidade, colabora com cooperativas locais para transformar plásticos usados em resinas que serão utilizadas na fabricação de novos produtos. 

Em 2023, a Lar Plásticos reciclou aproximadamente 6,7 mil toneladas de plástico, ajudando a reduzir 4,7 mil toneladas de emissões de CO₂.

Assim, para dar continuidade a este trabalho, a GEF Capital Partners, em particular, tem sido um parceiro estratégico na expansão da empresa e na adoção de padrões ESG (ambientais, sociais e de governança). Dessa forma, promovendo uma gestão que equilibra resultados financeiros com impactos positivos no meio ambiente e na sociedade.

Nesse contexto, a Lar Plásticos atua com operação verticalizada. Um modelo que ganha destaque por sua eficiência e controle de todo o processo produtivo. O processo inicia na aquisição da matéria-prima e vai até a finalização dos produtos. Desse modo, garantindo uma maior margem operacional e reduzindo perdas.

Através dessa ação, Atibaia se consolida como um modelo de gestão sustentável e inovadora de resíduos plásticos. Bem como, oferece diretrizes para que outras cidades e empresas avancem em direção a um futuro mais ambientalmente responsável.

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