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Bactéria transforma plástico em água, tijolos de plástico descartado e bioplástico de caroço de açaí

Plástico pelo mundo: Fique por dentro das principais notícias e curiosidades do plástico pelo mundo. Cientistas criam bactéria capaz de transformar plástico em CO² e água. Engenheira cria tijolos a partir de plásticos descartados. Cientista do Rio de Janeiro criam bioplástico a partir do caroço de açaí

Bactéria transforma plástico em água, tijolos de plástico descartado e bioplástico de caroço de açaí

Cientistas desenvolvem bactéria que transforma plástico em CO² e água

As jovens pesquisadoras Miranda Wang e Jeanny Yao desenvolveram uma bactéria que consegue transformar plástico em CO² e água. A pesquisa iniciou ainda na época da escola, mas já resultou em duas patentes. 

A inovação consiste na dissolução do plástico, para isso o protótipo bacteriano dissolve o plástico e usa enzimas catalisadoras para fragmentá-lo em partes mais flexíveis. 

Esses fragmentos seguem para uma estação biodigestora, onde são compostados em 24 horas. A aplicação dessa inovação abrange a limpeza de praias e a geração de matéria-prima para tecidos.

Em relação a produção, Miranda Wang explica a opinião da dupla quanto ao uso do plástico: “Nos dias de hoje, é praticamente impossível fazer com que paremos de usar plástico. Acreditamos que tudo deveria ser biodegradável.”

Além disso, elas e sua pesquisa destacam que o avanço contra a poluição e descarte incorreto. Assim, para as pesquisadoras esta inovação representa um claro exemplo do potencial transformador da ciência e da dedicação de jovens em prol do meio ambiente.

Ainda, Miranda Wang está trabalhando em novas tecnologias pioneiras que convertem resíduos plásticos em produtos químicos de valor.

Como Nzambi Matee transforma plástico reciclado em tijolos sustentáveis

Nzambi Matee, uma empreendedora social e diretora da Gjenge Makers, sediada em Nairóbi, Quênia, iniciou sua jornada de transformação de resíduos plásticos. 

Segundo Nzambi, o processo de reciclagem da Gjenge começa com o pré-processamento, que inclui a coleta, limpeza, trituração e separação dos resíduos plásticos. Em seguida, no estágio de processamento, os materiais são misturados com areia e vidro, enfim integra-se ao produto final. 

O estágio final utiliza uma prensa hidráulica para moldar a mistura em diferentes formas e tamanhos, ajustando-se ao tipo de bloco que está sendo produzido. 

Entre as principais transformações feitas pela engenheira, destaca-se a transformação dos resíduos plásticos em materiais de construção sustentáveis. Isso porque, a Gjenge Makers produz blocos de pavimentação e tijolos de alta qualidade, utilizando plástico descartado para minimizar o impacto ambiental e oferecer opções acessíveis.

Segundo Nzambi, a criação de blocos de construção a partir de plástico descartado não estava prevista em sua proposta inicial de negócios. 

Nesse sentido, explica: “Inicialmente, eu ia abrir uma empresa de coleta de plásticos que separaria e venderia resíduos plásticos para outras empresas de reciclagem na cidade. Mas depois, percebi que nossa empresa ‘Gjenge’ estava coletando resíduos plásticos mais rápido do que as empresas de reciclagem conseguiam absorver. Então, decidi usar minha formação em engenharia e mudar para criar produtos de construção alternativos sustentáveis.”

Além disso, a contribuição inovadora de Nzambi para a reciclagem de plástico foi amplamente reconhecida. De modo que resultou em prêmios como o Prêmio de Conservação na África e o título de Jovem Campeã da Terra pela ONU.

Bioplástico feito de caroço de açaí

Em 2018, estudantes do curso de Processos Químicos do IFRJ (Instituto Federal do Rio de Janeiro) se uniram para criar a Polimex, uma startup focada em desenvolver soluções sustentáveis e diminuir a poluição nos oceanos. Sendo assim, a Polimex desenvolveu bioplásticos 100% renováveis e biodegradáveis, utilizando resíduos agroindustriais como o caroço do açaí.

Explicando o desenvolvimento Luan Campos, CEO da Polimex Bioplásticos, afirma que para desenvolver o bioplástico o caroço do açaí é reaproveitado, assim como outros resíduos agroindustriais, que em sua maioria vai parar em aterros, ou queimados. Com isso, acontece a produção do PNB – Plástico Natural Biodegradável, principal produto da empresa atualmente. 

Em relação a este material, Campos conta: “Esse material biocompósito pode ser aplicado em diversas indústrias, como na indústria de transformação de descartáveis de plásticos de uso único, ou como embalagens para indústrias de alimentos e cosméticos”. 

Com os grânulos de PNB, a startup cria talheres, embalagens, canudos, sacolas, copos e descartáveis, além de suprir necessidades particulares de cada indústria. 

Após o descarte, o bioplástico se biodegrada em cerca de 154 dias no ambiente ou em composteiras. Desse modo, gerando adubo orgânico sem deixar resíduos tóxicos ou microplásticos.

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