Um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo isolaram na região de Santos uma bactéria que é capaz de produzir um biopolímero. Eles são ligados ao Centro de Capacitação e Pesquisa em Meio Ambiente (Cepema) da Universidade de São Paulo (USP).
Passando por um processo biotecnológico, a descoberta foi feita em projeto realizado no Centro de Pesquisa para Inovação em Gás Natural (Research Centre for Gas Innovation RCGI).
“Ainda não caracterizamos o polímero produzido pela bactéria, mas nossas análises indicam que é bem diferente dos relatados na literatura científica”, disse Elen Aquino Perpétuo, professora do Departamento de Ciências do Mar da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenadora do projeto, à Agência FAPESP.
Há cerca de um ano, o grupo de pesquisadores iniciou o trabalho utilizando microrganismos para mitigação de metano (CH4) e dióxido de carbono (CO2), presentes no gás natural. Assim, eles começaram a prospectar bactérias chamadas de metanotróficas, que têm a capacidade não só de consumir, mas também de transformar metano e metanol em polímeros.
Os pesquisadores conseguiram encontrar duas bactérias que tem a capacidade dessa transformação, a Methylobacterium extorquens – que é produtora de PHB –, e a Methylobacterium rhodesianum, que transforma o metano no outro tipo de polímero ainda não caracterizado.
Agora, após a Methylobacterium rhodesianum ser isolada, e produzir o polímero, os pesquisadores pretender caracterizar e avaliar se é economicamente viável para produzir um biopolímero.
Fonte: EXAME