Aumento de reciclagem em 250%, laboratório de Manaus estimula educação ambiental e plástico sem carbono
Plástico pelo mundo: Fique por dentro das principais notícias e curiosidades do plástico pelo mundo. Parceria entre Ambipar e Prefeitura de Vinhedo transforma a logística reversa. Projeto em Manaus capacita moradores e amplia a reciclagem de poliestireno. Pesquisa da Suíça aponta como reciclar plásticos para reduzir emissões de CO2
Aumento de reciclagem em 250%, laboratório de Manaus estimula educação ambiental e plástico sem carbono
Projeto que aumenta capacidade de reciclagem em 250% ganha força em São Paulo

O município de Vinhedo (SP) lançou recentemente o programa Cidade Circular, resultado de uma colaboração entre a empresa de gestão ambiental Ambipar, a Prefeitura e as companhias Avery Dennison e Grupo Bignardi. A iniciativa busca aprimorar a logística reversa na região, impulsionando a economia de baixo carbono e beneficiando diretamente a renda dos trabalhadores da reciclagem.
Com foco em capacitação e alianças estratégicas, o plano pretende ampliar em até 250% a capacidade produtiva da Cooperativa 4RV, especializada em reciclagem na região. Com um potencial de 12.000 toneladas anuais de recicláveis, o município atualmente encaminha apenas 5% desse total para a Central de Triagem da 4RV.
No entanto, a meta é aumentar esse índice para 20% no curto prazo. Assim, a ampliando a reciclagem e diminuindo a quantidade de resíduos enviados para os aterros sanitários.
Diante disso, Juliana Navea, diretora de operações da unidade de pós-consumo da Ampibar, explica: “A estratégia do Cidade Circular não só reduz o desperdício, como também eleva a renda dos trabalhadores e impulsiona a economia local”.
Com a implementação da metodologia Ambipar nos primeiros cinco meses, a renda dos recicladores cresceu 12,5%, e a receita média da cooperativa local aumentou 82%. Assim, os treinamentos técnicos resultaram em uma valorização de 162% no preço médio do plástico reciclado, impulsionando significativamente o setor.
Laboratório de reciclagem em Manaus promove sustentabilidade e educação Ambiental

O Laboratório de Reciclagem de Resíduos Plásticos, tem como meta fortalecer a gestão de resíduos sólidos e incentivar a reciclagem do poliestireno (PS) pós-consumo. Com isso, promover a economia circular.
Reinaugurado em fevereiro no bairro Colônia Terra Nova, em Manaus (AM), nasceu de uma parceria entre a FAS (Fundação Amazônia Sustentável) e a Innova S.A., em colaboração com a ASCARMAN (Associação de Catadores de Materiais Recicláveis do Amazonas).
Atualmente em sua segunda fase, o projeto atua em seis bairros de Manaus e beneficia diretamente 32 pessoas, com foco em infraestrutura, educação ambiental e geração de renda.
Assim, mensalmente, a ASCARMAN coleta mais de 60 toneladas de resíduos, que são reciclados e comercializados para a Videolar-Innova S.A. Com isso, garantindo um ciclo sustentável de reaproveitamento.
A reinauguração faz parte do projeto InnPacto Amazônia, da Innova, que visa desenvolver uma tecnologia inovadora para a reutilização do poliestireno. Assim, os participantes do projeto receberam treinamentos fornecidos pela empresa Benevolência, com o objetivo de capacitá-los a mobilizar seus bairros em ações de educação ambiental.
Entre as iniciativas estão a conscientização sobre o uso inadequado de lixeiras e o incentivo à população para utilizar os PEVs (Pontos de Entrega Voluntária) para o descarte correto de resíduos. Além disso, o projeto inclui uma campanha de conscientização sobre a reciclagem, com cartazes sendo espalhados em seis bairros de Manaus.
A iniciativa, realizada pela FAS, em parceria com a Videolar-Innova S.A., conta o apoio da Semulsp (Secretaria Municipal de Limpeza Pública) e da ASCARMAN. A Innova também apoia a ASCARMAN, em colaboração com a FAS, no projeto de inserção do poliestireno (PS) na economia circular, com a resina ECO-PS®, pioneira no Brasil.
Estudo da Suíça propõe novas soluções para a reciclagem química de plásticos

Um estudo desenvolvido por cientistas do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, na Suíça, propõe a modelagem das condições ideais para a reciclagem química das poliolefinas, plásticos amplamente usados no mercado.
A pesquisa, publicada pela Nature Chemical Engineering, explora a quebra das cadeias de carbono nas poliolefinas. Com isso, visa criar hidrocarbonetos em uma faixa que possibilite a produção de combustíveis.
Diante disso, o pesquisador chefe, Javier Pérez-Ramírez, pontua: “Plásticos, combustíveis e lubrificantes são produzidos a partir do petróleo. Se pudermos transformar resíduos plásticos sem combustível e lubrificantes, o consumo de petróleo e as emissões de CO2 diminuirão”.
Em relação aos desafios, o especialista pontua que os principais desafios são o desenvolvimento de catalisadores que controlam melhor o rompimento das cadeias do material.
E que, adaptem-se às diferentes finalidades, e a criação de um contato eficiente entre o polímero, o catalisador e o hidrogênio no reator para a reação de hidrogenólise.
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