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Associação conta com recuperação de vendas e segundo semestre estável

A Adirplast apresenta volume total de vendas no mês de julho 23% maior que o de junho e possui expectativa alta para o próximo semestre

Mesmo com a pandemia do novo coronavírus afetando todos os setores da economia brasileira, os associados ADIRPLAST (Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins) estão conseguindo recuperar parte de suas vendas. A demanda no mês de julho foi 23% maior do que a de junho, que já tinha apresentado uma tendência de alta.

Laercio Gonçalves, presidente da associação destaca “a recuperação é gradual. Junho foi 31,1% maior que maio, que por sua vez foi 11,8% maior que abril – pior mês do histórico da associação”. O volume de vendas total dos associados de janeiro a julho de 2020 foi de 259.041 toneladas.

Comparando o período com os mesmos meses de 2019, é possível perceber a queda de 6,9% nas vendas. Considerando os volumes por grupo de produtos, foram vendidos pelas empresas associadas à entidade em julho deste ano 36.560 toneladas das commodities PEs, PP e PS, 2.663 toneladas de plástico de engenharia (PA6, PA6.6, PMMA, PC, PBT, ABS-SAN, POM e PU) e 3.462 toneladas de filmes bi-orientados (BOPP e BOPET). “Estes volumes representam cerca de 10% do consumo brasileiro de resinas plásticas, inclusive recicladas. Não entra nesta conta apenas o PVC”, afirma Gonçalves.  

Para o vice-presidente da ADIRPLAST, Osvaldo Cruz, a retomada das vendas em junho e julho foi significativa e importante, porém, ainda não é capaz de neutralizar a brutal parada da economia iniciada na segunda quinzena de março e que teve seu pico em abril. “É preciso observar que, no acumulado do ano, ainda estamos em patamar 6,9% inferior ao igual período de 2019, que, diga-se de passagem, também não foi um ano de grande desempenho, nem para o setor plásticos, nem para a economia do país”, ressalta.  

Um ano que começou promissor teve sua história transformada pela pandemia do COVID-19, explica Daniela Antunes Guerini, diretora da Mais Polímeros. “Já no mês de março as projeções mudaram, devido à queda do volume de venda. Abril trouxe um novo cenário (um dos piores da história), volume baixo, vários pedidos de prorrogação, inadimplência e uma incerteza enorme. Maio foi o mês de controlar os problemas e tentar entender nosso mercado. Já em junho, com grande parte das Indústrias retomando suas atividades, iniciou-se uma fase de reposição de estoques na cadeia”, resume.  

Cláudia Savioli, diretora da Polymark, conta que esse tem sido um ano de mudanças profundas na empresa e seus negócios, não apenas pela transformação digital pela qual vinha implantando. “Esse é um período de muita resiliência, necessária para se adaptar às mudanças, reconfigurar as pessoas e os processos”, conta Savioli.

Segundo ela, o mercado de embalagens flexíveis se mostrou forte desde maio. “O setor tem conseguido reconquistar o valor das embalagens flexíveis, material versátil e de extrema importância para a conservação de outros produtos. Isso, mais as vendas reprimidas de abril, têm feito nossa demanda crescer.”, explica. 

Para a APTA Resinas, distribuidora de plástico de engenharia, que é distribuidora exclusiva no Brasil da ExxonMobil, de PP e de PE importados, apenas os meses de maio e abril foram muito ruins, conta Eduardo Cansi, diretor da empresa. “Nos demais meses, tivemos bons resultados”, conta. Assim, o executivo segue otimista e acredita que o segundo semestre siga tendência de alta apresentada nesses últimos dois meses do primeiro semestre do ano. 

A percepção de que o segundo semestre seja melhor que o primeiro e siga estável é comum entre os associados da ADIRPLAST. Todos estão cientes dos obstáculos à frente, mas acreditam também que o pior já passou. “Hoje temos um mercado mais unido, além disso, a expectativa de mudanças, como a da aprovação da Reforma Tributária e até mesmo do início da conscientização das pessoas e dos governantes de que o plástico não é um vilão, mas um grande aliado no que se refere a conservação de alimentos ou de cuidados com a saúde, podem auxiliar no crescimento do setor”, finaliza Gonçalves. 

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