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Associação alerta para cenários diferentes na indústria do plástico mundial

Associados da ADIRPLAST tiveram redução de vendas em abril, mas debatem soluções para 2021

O mês de abril apresentou uma queda significativa no volume de vendas de resinas dos associados ADIRPLAST (Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins) de 29% comparada ao mês de março deste ano. O índice era esperado devido a pandemia do novo coronavírus e a falta de matéria-prima pela qual o setor está passando.

Para enfrentar o momento, a ADIRPLAST aposta na experiência, conhecimento e detalhada análise de dados. Por isso convidou Stephen Moore, Diretor Global de Operações da consultoria internacional Townsend Solutions, para uma apresentação sobre cenários do mercado mundial petroquímico, que explica “a pandemia do novo coronavírus é uma grande lição para os negócios. Os países perceberam que a dependência da China não é positiva e abriram os olhos para novos modelos”.

Moore explicou que o Polietileno (PE), por exemplo, teve 104.580 kt consumidas mundialmente em 2020. Desse total, 51% são utilizados pela China e América do Norte, o Brasil utiliza 2,7%. A previsão é que o volume aumente em 3,7% até 2025.

O especialista também afirmou que os preços praticados mundialmente não são só determinados pela demanda, mas também pela oferta da matéria-prima que pode sofrer de acordo com questões ambientais, como a do congelamento no Texas e até mesmo da pandemia, por exemplo. E alerta que o futuro será volátil e é preciso se planejar para isso.

Um dos exemplos desta alteração de preços é dada por Erasmo Fraccalvieri, sócio-diretor da Tecnofilmes, que também escreve a coluna Radar Econômico para o Boletim semanal ADIRPLAST.

Fraccalvieri explica que segundo fontes da Plastic Matrix está ocorrendo uma queda acentuada da demanda por embalagens flexíveis na China, tal fato tem forçado produtores de filmes (BOPP e BOPET) a revisar preços para baixo enquanto as resinas permanecem em patamar elevado, e que o PE continua ainda pressionado. “Nas commodities químicas pouca coisa mudou nos últimos tempos. O compasso de espera ainda marca presença. Os contratos futuros de propano mostram uma diminuição do stress, mas ainda indicando lateralização dos preços”.

Já no segmento de plástico de engenharia, Joel Pereira de Araújo, da Master Polymers, conta que este produto também está com uma demanda desproporcional à capacidade produtiva. “Estamos com aumento de preços desde janeiro e dependendo do produto o prazo de produção/entrega pode ser de 4 meses após a confirmação do pedido. Todavia acredito que este desbalanço do mercado deve se normalizar entre junho e julho deste ano e em agosto e setembro espero que os preços comecem a recuar lentamente”.

Araújo também reforça que o alto preço dos metais tem contribuído para uma maior procura de materiais alternativos. “E os polímeros de engenharia entram como fortes candidatos nesta substituição, permitindo não só a redução do custo final da peça como a sua diminuição de peso”.

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