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Aspectos sociais da Indústria 4.0

Veja também o impacto sobre as relações de consumo com essa nova indústria

Com a velocidade das mudanças, se faz necessário entender o novo papel do ser humano no processo industrial, que definitivamente migra de atividades manuais e operacionais, para interação com processos produtivos complexos, que demandarão mão de obra cada vez mais especializada e criará demandas para formação profissional.

Análises realizadas sobre o impacto da Indústria 4.0 na manufatura alemã por BCG (Boston Consulting Group), mostram que o crescimento econômico que será provocado, vai levar a um aumento de emprego em 6%, durante os próximos dez anos, como podemos observar na figura 1.

A procura no setor de Engenharia Mecânica pode subir ainda mais, em torno de 10% durante o mesmo período. No entanto, diferentes habilidades serão requeridas.

Como esta última revolução industrial avança, há implicações significativas para a força de trabalho industrial. O software está impulsionando os avanços na fabricação de hoje e isso significa que o mouse está substituindo a chave de fenda em muitos lugares no chão de fábrica hoje.

Ter as pessoas certas no lugar certo é fundamental para alavancar o ganho tecnológico e para a realização dos objetivos de manufatura inteligente. Isso levou a muita discussão sobre a escassez de trabalhadores qualificados na força de trabalho, muitas vezes referido como o “déficit de competências”. De acordo com o Departamento de Educação dos Estados Unidos, “60 por cento dos novos empregos que vão surgir no século 21 exigirão habilidades possuídas por apenas 20 por cento da força de trabalho atual.”

Com fábricas extremamente automatizadas, existe o questionamento quanto ao risco de desemprego em larga escala, o que geraria grandes problemas sociais, especialmente se a força de trabalho não estiver qualificada para assumir novas funções num ambiente digitalizado.

Relações de consumo na Indústria 4.0

Além disso há necessidade de entender os impactos nas relações de consumo. Uma vez que o consumidor será responsável por gerar as especificações que serão aplicadas ao produto no momento da compra, tornando-o praticamente exclusivo, caberá determinar como deverá ser regulada a insatisfação do cliente e as possíveis devoluções.

No Brasil, a partir da publicação do código de defesa do consumidor, as relações de consumo passaram a ser mais rígidas. Haverá necessidade de revisar essas regulações e ajustá-las para esta nova realidade, sob o risco de inviabilizar a implementação de muitos dos conceitos embutidos na Indústria 4.0, como a customização em larga escala.

Por Paulo Roberto dos Santos – Diretor da Zorfatec.

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