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Asfalto de plástico reciclado, descoberta para degradar polímeros e plástico social

Plástico pelo mundo: Fique por dentro das principais notícias e curiosidades do plástico pelo mundo. A aplicação de asfalto feito de plástico reciclado usou, 200 mil embalagens plásticas. A bióloga italiana Federica Bertocchini descobriu acidentalmente que uma lagarta pode digerir plásticos complexos. A Plastic Bank formou uma parceria com as processadoras Clean Plastic e Packem para iniciar a produção e venda do Plástico Social®

Asfalto de plástico reciclado, descoberta para degradar polímeros e plástico social

Rodovia inova com asfalto de plástico reciclado

A Rodovia Washington Luís, entre as cidades paulistas de Rio Claro a São Carlos, ganhou inovação com asfalto feito de plástico reciclado. Os quilômetros 170 e 171 receberam 200 mil embalagens plásticas, e conta com pavimento desenvolvido pela técnica “Plastic Road” (“Estrada de Plástico” em português), o lançamento dessa tecnologia aconteceu em 2019 no México. 

Aplicações como estas contribuem para diminuição de plásticos depositados em locais inadequados, bem como ajudam na redução de emissão dos gases do efeito estufa. Além disso, segundo a cientista Renata Pimentel, essa solução também minimiza o consumo de energia e a necessidade de recapeamento.

Nesse sentido, fabricação do “asfalto de plástico reciclado” contou com embalagens flexíveis, desde saco plástico de pão a pacotes de bolachas e salgadinhos. Já a arrecadação acontece por parte das empresas de reciclagem que fazem a seleção e separação dos resíduos. 

Depois desta etapa, o material passa pela higienização, corte em pequenos pedaços e assim inseridos no asfalto líquido. Em seguida, o ligante misturado com plástico vai para a usina, onde acontece a mistura com pedras dentro de um grande tambor aquecido a altas temperaturas. Quando se atinge a consistência ideal ele segue para aplicação.  

De acordo com a Abeda (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos), o Brasil possui mais de 1,7 milhão de quilômetros de estradas, dos quais pouco mais de 211 mil quilômetros tem pavimento, representando 12,3% do total. A adoção dessa tecnologia tem o potencial de contribuir para a melhoria desse índice.

Pimentel esclareceu que as misturas asfálticas foram submetidas a testes laboratoriais e mecânicos para garantir que o asfalto com plástico reciclado seja viável e atenda aos padrões de qualidade, durabilidade e sustentabilidade. 

Descoberta por acaso: Larva capaz de dirigir formatos complexos de polímeros 

Larva que pode degradar plásticos

Descoberta feita por acaso aponta larva capaz de digerir formatos complexos de plástico. Com uma enzima na saliva que consegue realizar este processo, a lagarta estava no quintal da bióloga italiana Federica Bertocchini, que tem como hobby a criação de abelhas.

Embora seja considerada uma praga por apicultores por comer tudo e prejudicar a evolução da colmeia, Bertocchini revela que percebeu que a lagarta fazia furos no plástico. 

Em entrevista ao R7, a bióloga comenta: “Fui um pouco ingênua. Eu tinha o depósito em casa e estava retirando essa larva. Percebi que estavam fazendo furos no plástico. Fomos analisar e houve modificação química. O plástico estava quebrado. Foi aí que toda a história começou”. 

Ainda, ela explica que se trata de uma lagarta, um animal invertebrado, não se trata de uma bactéria. Mesmo que geralmente sejam associados a biodegradação e processos biológicos a fungos e bactérias. 

Isso acontece devido à origem dos estudos nesse campo nesse contexto, as lagartas, especificamente certas larvas, também têm a capacidade de degradar poliolefina.

Nesse sentido, Bertocchini explica que ainda não têm uma resposta precisa, mas que notam-se efeitos em um intervalo de 5 a 10 horas, mais ou menos. No entanto, nem sempre é possível perceber alterações visuais no plástico. 

Plástico social começa a ser produzido e vendido no Brasil

A Plastic Bank, uma fintech social com um programa global de coleta de plástico que visa também combater a pobreza, anunciou uma parceria com as processadoras de plástico Clean Plastic e Packem. Juntas, elas iniciarão a produção e a venda do Plástico Social® no Brasil.

A ação vai trazer benefícios para os membros das comunidades de coleta, proporcionando, assim, renda extra e vantagens individuais. A partir daí o plástico passa pelo processamento e volta à cadeia como Plástico Social®, o produto final da Plastic Bank. 

Além disso, todo o processo de reciclagem passa por monitoramento e registro através do  blockchain, assegurando transparência em toda a cadeia, desde o catador até o consumidor final.

A Clean Plastic e a Packem, ambas sediadas em Curitiba, firmaram uma parceria com a Plastic Bank. Através desta colaboração, as processadoras adquirem plástico dos pontos de coleta registrados na Plastic Bank. 

Para que um material seja validado como Plástico Social, ele deve ser registrado pela Plastic Bank, garantindo rastreabilidade completa da cadeia, 100% de reciclabilidade e pagamento de bonificações a todos os catadores envolvidos. 

Dessa forma, com esta iniciativa, os coletores recebem uma remuneração adicional por quilo de material entregue, o que pode aumentar sua renda em até 40%. Com a parceria, os membros das comunidades de coleta do Paraná que fornecem material para a Clean Plastic e a Packem também verão um aumento em seus ganhos.

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