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ABIEF discute ACV como opção sustentável para indústria de embalagens plásticas flexíveis

Este foi um dos temas tratados no Café da Manhã da ABIEF, que se propôs a discutir inovação, tecnologia e sustentabilidade.

O Café da Manhã da ABIEF (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis) de maio, envolveu diretamente a indústria de flexíveis e a sustentabilidade de produtos e embalagens. A fim de dar novos subsídios e trazer um novo olhar sobre a questão, com a apresentação de Ricardo Dias, da ACV (Análise de Ciclo de Vida) Brasil.

Segundo ele, o pensar sobre o ciclo de vida evita que o impacto ambiental seja “terceirizado” ou “empurrado” para um elo da cadeia. Ele passa pela gestão dos fornecedores, pela construção de um pensamento sistêmico e pelo design for X (design for excellence). Dias defende ainda a ACV como uma ferramenta valiosa para guiar o uso de embalagens com impacto ambiental reduzido e menor pegada ecológica. “Contudo, precisamos criar um banco de dados próprio para o Brasil que permita a correta realização desta Análise”, disse ele.

Em linhas gerais, está provado que a ACV de algumas embalagens para alimentos é positiva por aumentar a vida útil do produto. Este é o caso da uva de mesa cuja vida salta de 7 dias para 70 dias quando embalada corretamente. O queijo provolone é outro bom exemplo: sua vida de prateleira quando embalado, passa de 190 dias para 280 dias. Produtos como a manga, dobram o tempo de prateleira ao serem embalados, passando de 20 dias para 40 dias de vida útil.

Durante o evento da ABIEF, Dias apresentou o projeto Inventário Brasileiro para o Setor de Transformação de Plástico, que justamente, visa criar um banco de dados para respaldar a ACV das embalagens plásticas. “A proposta é desenvolver uma base de dados de desempenho ambiental, compatível com as bibliotecas internacionais de Inventários de Ciclo de Vida (ICV), para a cadeia de transformação de plásticos no Brasil”.

Com dados em mãos, o especialista acredita ser possível prover informações ambientais relevantes, atuais e representativas sobre os processos de transformação do plástico, resguardar a competitividade da indústria frente ao mercado internacional e estabelecer indicadores para benchmarking na transformação do plástico.

Ricardo Dias também enxerga como parceiros estratégicos para este projeto os grandes consumidores de embalagens e associações setoriais como ABIEF, transformadores, fabricante de máquina, escola especializada e recicladores. “Uma primeira versão deste levantamento foi feita e está sendo revisada pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT). O próximo passo inclui desenvolver modelos de atualização, preencher gaps e, especialmente, relativos a rotomoldagem e reciclagem.

A primeira fase do levantamento detectou que são consumidos 2,1 litros de água para cada kg de resina transformada (sistemas de arrefecimento), 1,6 kWh de energia para cada kg de resina transformada (máquinas de transformações e sistemas de arrefecimento) e perde-se 0,05 kg para cada kg de resina transformada (máquinas de transformação, dimensionamento do molde, configuração de máquina e máquinas cativas/servidoras).

O Café da Manhã da ABIEF contou com as apresentações de Jane Campos e Luis Baruque, da Radici, sobre “Poliamidas para o mercado packaging”, e da Professora doutora Carla Romar, da Romar, Massoni & Lobo Advogados, sobre “Impactos da reforma trabalhista na indústria”.

A ABIEF também é parceira do portal Plástico Virtual, que participou do evento como mídia parceira e é especialista em atender o mercado industrial através das plataformas digitais para auxiliar o mercado do plástico, e que a partir do evento, conta com novas parcerias.

E as palestras podem ser vistas em:

https://www.youtube.com/channel/UCPWV4oTEPqV-_8KQp_6Auxg/featured  até o dia 20 de junho.

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